Mais uma resolução vergonhosa da ONU
Por Deborah Srour Politis
Muitas coisas aconteceram esta semana, que seriam importantes discutirmos aqui. Uma foi o questionamento das presidentes das três mais prestigiosas universidades americanas: Harvard, UPenn e MIT sobre se o chamado pelo genocídio de judeus violava o código de conduta de suas instituições. As três responderam que “dependia do contexto”. Se houvesse uma campanha contra gays ou afro-americanos, temos certeza de que a resposta não seria “depende do contexto”. Mas isso fica para outra vez.
Outro evento importante que ocorreu esta semana foi a resolução submetida pelos Emirados Árabes ao Conselho de Segurança, contra Israel, exigindo um cessar-fogo imediato, com a invocação de um artigo rarissimamente usado, o Artigo 99 que estabelece que “O Secretário Geral (no nosso caso António Guterres), pode trazer ao Conselho de Segurança qualquer assunto que, em sua opinião, pode ameaçar a manutenção da paz e segurança internacional”.
Notem que este artigo não foi invocado nem quando um genocídio ocorria em Rwanda, quando 800 mil Tutsis foram mortos, ou em Darfur, aonde meio milhão pereceram numa guerra que já dura 20 anos com vários países africanos envolvidos. Ou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, alvejando civis indiscriminadamente, gerando uma crise de milhões de mortos e milhões de refugiados que continua até hoje. Não. É só quando judeus se defendem é que o mundo se levanta escandalizado. Graças a Deus, a administração Biden resolveu no último minuto vetar a resolução. Foi o único a votar contra. Até a Inglaterra decidiu se abster. Todos os outros países, incluindo a França, a China, a Rússia e infelizmente até o Brasil, votaram a favor. Um cessar-fogo imediato em Gaza, durante a ofensiva do exército de Israel contra terroristas do Hamas daria vitória ao Hamas.
O secretário-geral António Guterres, declarou na sexta-feira que nenhum lugar em Gaza era seguro para os civis, e que estávamos perante um “pesadelo humanitário em espiral” e um cessar-fogo humanitário em Gaza era imperativo.
Bem, no dia 6 de outubro tínhamos um cessar-fogo. E até quando a Jihad Islâmica enviou mísseis contra Israel, Israel teve o cuidado de somente alvejar alvos da Jihad Islâmica e não do Hamas achando erroneamente, que o grupo terrorista tinha se reformado, que queria realmente reconstruir Gaza e governar a Faixa.
Foi o Hamas que enviou 4.500 mísseis para Israel naquele sábado fatídico, adentrou o território soberano de Israel e cometeu o maior massacre de judeus desde o Holocausto. E lembro que foi o Hamas quem não quis renovar a pausa do avanço israelense, soltando mais reféns. Só Deus sabe como estão as 17 moças e mulheres ainda em cativeiro, incluindo Shiri Bibas com seus dois filhos, Ariel de 4 anos e Kfir de 10 meses. A comunidade internacional quer um cessar-fogo? Arranjem para que todos os reféns sejam soltos imediatamente!
O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, disse ao Conselho de Segurança que o veto significava que “milhões de vidas palestinas estavam em jogo”. Sim, e isso é culpa de quem?
Ezzat El-Reshiq, membro do gabinete político do Hamas, condenou o veto dos EUA como “desumano”. É só ouvir o testemunho dos reféns soltos para ver o que é desumano. É desumano estuprar meninas impúberes. É desumano sequestrar civis, incluindo bebês, crianças e idosos. É desumano não dar acesso à organizações internacionais para verificarem se estes reféns estão em vida e como estão sendo tratados. É desumano mantê-los em lugares insalubres sem tomar banho por dois meses. E é desumano não dar a eles comida, dar água contaminada para beber e deixá-los em túneis sem luz do sol por mais de dois meses.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse em comunicado que “Um cessar-fogo só será possível com o retorno de todos os reféns e a destruição do Hamas”.
No Irã, o principal patrocinador do Hamas, o porta-voz do Ministério do Exterior, Nasser Kanaani, disse que “mais uma vez, o governo dos EUA demonstrou que é o principal ator na matança de civis palestinos, especialmente mulheres e crianças, e na destruição da infra-estrutura vital de Gaza”.
Esse é o representante do governo que mata moças por não colocarem o véu corretamente, jogam gays dos tetos de prédios e opositores do regime são enforcados em guindastes e que, desde maio deste ano, preside o Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Pessoal, não há dois lados nesta guerra. E não há vários atores. Existe Israel, lutando por sua sobrevivência e há o Irã, por trás de todos os ataques contra Israel.
É só ver. O Hamas hoje está na vanguarda. Mas o Hezbollah, o braço do Irã no Líbano, continua atacando o norte de Israel. Os Houthis do Iêmen, dissidentes xiitas patrocinados pelo Irã, continuam a enviar mísseis balísticos fabricados no Irã, para o sul de Israel e ontem ameaçaram interceptar todo e qualquer navio que se direcionasse para o porto de Eilat. Não importa se fosse de ajuda humanitária para Gaza ou não.
Dá para entender? Os Houthis estão seguindo ordens do Irã e querem interceptar qualquer navio no Mar Vermelho, até os que beneficiariam a população de Gaza. O Egito abriu fogo sobre refugiados árabes que tentaram atravessar para o país fugindo da guerra. O Hamas continua a lançar mísseis todos os dias, incluindo hoje, quando enviou uma barragem contra o sul do país. E o responsável pela situação humanitária definida como catastrófica pela ONU é quem? Israel é claro.
Agora me digam se isso não é puro antissemitismo?
E quando perguntamos que solução teríamos? Como papagaios a resposta é sempre: a solução de dois estados, é claro! Só que já tivemos esta solução implementada e não funcionou! Israel saiu de Gaza completamente, até retirando seus mortos em 2005. Até 2007 tudo estava aberto e os palestinos até construíram um aeroporto. Mas em 2007 o Hamas foi eleito com a plataforma não de construir um país, mas de simplesmente de destruir Israel e aí começaram os ataques.
Que país aceitaria ser alvo de ataques de mísseis contra sua população civil diariamente sem retaliar? Que país aceitaria ter 1400 de seus cidadãos massacrados, estuprados, queimados e degolados e ainda ter que se preocupar se o inimigo está confortável e tem os serviços básicos para continuar a atacar? Que país concordaria em ter 240 de seus civis sequestrados, submetidos à fome, falta de remédios, torturados e mantidos em subterrâneos e dar prioridade à “ajuda humanitária” aos seus inimigos?
O mundo ficou louco??? Onde está a claridade moral? Onde está a vergonha na cara? Infelizmente, pela resposta das presidentes das mais altas universidades do mundo, as fazedoras dos futuros líderes, a moral não está lugar algum que possa ser encontrada.
E é por isso que Israel tem que fechar seus olhos e ouvidos ao mundo e fazer o que precisa. Estamos lutando não contra um povo longínquo. Estamos defendendo nossa casa, nossa família, nossos filhos e nosso futuro. E não há imperativo moral maior que este.
Nota: redigido em 10/12/2023
Foto: FDI
Mahmud Abbas vulgo Abu Mazen negador do Holocausto e do massacre do dia 7 de outubro, e paga para matar judeus é tão terrorista quanto os terroristas do Hamas e pretende também eliminar Israel com o pretexto de construir a fakestina (Palestina não é nome árabe mas latina) em cima de Israel.
100% de acordo! O governo de Israel necessita ser forte, surdo às determinações antissemitas do planeta e fazer o que precisa ser feito para defender os judeus de Israel e consequentemente do mundo!
Parabéns, Deborah Srour pela sua coragem e domínio do assunto nesse texto de 10/12!
Suas explicações são muito bem fundadas e acessíveis a qualquer pessoa que queira entender!
Obrigada e “keep up the good work” !
É isso mesmo!
Inaceitável essa resolução da ONU pelo cessar-fogo na guerra Hamas-Israel! Vergonha imensa e histórica do Brasil estar hoje ao lado dos terroristas do Hamas, apesar de ser conhecido o DNA de extrema-esquerda e terrorista dos membros do governo que foi empossado no país, graças às urnas eletrônicas da coligação jurídico-partidária STF-TSE. Mas que fique claro e cristalino, desde há muito a militância de extrema-esquerda ocupa os principais postos de decisão na ONU! O mundo está pagando e continuará a pagar um preço cada vez mais elevado, por não ter criminalizado o extremismo de esquerda logo após as quedas do Muro de Berlim e da URSS. Assim como sob o extremismo de direita (nazismo/fascismo), a democracia jamais terá vez sob o extremismo de esquerda (comunismo). Só que os filhotes apegados ao martelo e a foice, amantes das ditaduras totalitárias e igualmente genocidas, continuam pregando a farsa comunista enquanto ocupam postos de poder em todos os países nos quais são tratados como “intelectuais” e defensores da “justiça social”.