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Youtube removerá vídeos racistas

O YouTube anunciou esta semana que passará a remover vídeos que contenham material considerado racista, que defendam o nazismo ou que sejam discriminatórios contra minorias e grupos sociais. Conteúdo que negue eventos históricos em que houve violência, como o Holocausto e o ataque a escola primária Sandy Hook nos EUA, também serão retirados, disse a plataforma, que pertence ao Google. O anúncio acontece em meio ao aumento da pressão contra empresas de tecnologia para que elas tomem medidas para evitar a disseminação de discurso de ódio em seus sites. Nos últimos 12 meses, o Facebook e o Twitter já tinham tomado medidas semelhantes e o próprio YouTube tinha alterado sua política para tentar restringir esse tipo de conteúdo, embora até esta quarta relutasse em remover esses vídeos.

“Nós revisamos nossa política periodicamente para garantir que traçamos nosso limite no lugar certo. Só em 2018 nós mudamos nossa política mais de 30 vezes. Uma das questões mais complexas e em evolução é como devemos lidar com o discurso de ódio”, disse a empresa ao justificar porque até o momento não tinha tomado medidas mais duras contra esse tipo de conteúdo. Também passa a ser proibida a discriminação contra imigrantes e contra pessoas que foram vítimas de eventos violentos e seus familiares.

Inicialmente, caso um vídeo viole algum desses critérios ele será imediatamente removido, mas o canal não será afetado. Em vez disso, entrará em uma espécie de programa de observação. Caso o canal cometa outras três violações em um período de 90 dias, será apagado – o que significa que todos os seus vídeos serão removidos também, mesmo os que não tenham violado as regras. Dependendo do grau da violação, porém, a eliminação do canal pode ser imediata.

Segundo dados da própria empresa, entre janeiro e março de 2019 foram retirados mais de 2,8 milhões de canais do YouTube. Mas a ampla maioria (97,5%) foi apagado por violar as regras de nudez ou de pedofilia ou por realizar propaganda sem autorização (spam). A empresa não especifica quantos exatamente foram removidos por divulgar discurso de ódio.

Além da remoção de conteúdo, o YouTube também anunciou que vai ampliar para outros países sua iniciativa para diminuir a disseminação de fake news e do que ele classifica como conteúdo limítrofe – isso é, que está próximo de violar as regras, mas não chega a fazê-lo.

Segundo o Youtube, quem assiste à esse tipo de vídeo logo depois recebe a recomendação para ver canais que a plataforma classifica como confiáveis, como o de empresas jornalísticas.

Segundo o YouTube, essa iniciativa fez diminuir em 50% a disseminação desse tipo de conteúdo nos EUA e agora ela será ampliada para outros países.

Fonte: folhapress

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