Yahya Sinwar está morto

Yahya Sinwar, o arquiteto dos ataques terroristas liderados pelo Hamas em 7 de outubro, foi morto nesta quinta-feira, juntamente com outros três terroristas.

Tropas de combatentes do Bislah (Escola de Combatentes de Infantaria) da Divisão 98 avistaram vários terroristas em um edifício, em Rafah e um ataque foi ordenado contra o prédio, o que derrubou a estrutura.

Somente depois que soldados israelenses chegaram para inspecionar os danos, eles perceberam que um dos terroristas mortos se parecia com Sinwar e encaminharam uma foto ao sistema de segurança.

Foram encontradas grandes somas de dinheiro e documentos na posse dos três terroristas que foram eliminados, e o corpo em questão foi transferido para exame de DNA no Instituto de Medicina Legal de Abu Kabir, para verificar definitivamente que se tratava de fato de Sinwar.

Autoridades de segurança disseram que por Sinwar ter ficado preso em uma prisão israelense, Israel tem o seu DNA, então seria relativamente fácil descobrir se se tratava realmente do arquiterrorista.

O canal Al-Arabiya informou que um teste preliminar de DNA revelou que era Sinwar. Meios de comunicação árabes dizem que tudo indica que o líder do Hamas foi eliminado “em um confronto casual, sem indicação de inteligência alguma”.

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Até o fechamento desta edição, nem o governo, nem o Alto Comando das Forças Armadas de Israel, confirmam de maneira oficial de que se trata de Yahia Sinwar, que está entre os terroristas eliminados em Gaza

As FDI e o Shin Bet disseram que não havia “nenhum sinal da presença de reféns na área” do prédio onde os três foram mortos.

Sinwar foi cofundador do Majd, o aparato de segurança do Hamas, no final da década de 1980, que tinha como foco a identificação e eliminação de palestinos suspeitos de colaborar com Israel.

Suas atividades terroristas levaram à sua prisão em 1988, após orquestrar o sequestro e o assassinato de dois soldados israelenses.

Sinwar foi condenado a quatro penas de prisão perpétua, mas foi libertado em 2011 em um acordo de troca de prisioneiros pelo soldado israelense Gilad Shalit.

Durante seus 22 anos em prisões israelenses, Sinwar ficou conhecido por sua firmeza e liderança entre os presos, ganhando a reputação de figura de destaque dentro do Hamas.

Em 2017, Sinwar foi eleito líder do Hamas em Gaza, sucedendo Ismail Haniyeh. Sua liderança marcou uma mudança em direção a uma postura mais militante, enfatizando o fortalecimento militar e uma relação mais próxima com potências regionais como o Irã e o Hezbollah.

A visão estratégica de Sinwar envolvia aumentar as capacidades militares do Hamas e se preparar para conflitos de larga escala com Israel.

Os ataques de 7 de outubro de 2023, os mais mortais da história israelense, aumentaram significativamente o conflito Israel-Hamas, posicionando Sinwar como alvo principal da retaliação israelense.

Sua capacidade de escapar da captura utilizando uma rede complexa de túneis em Gaza aumentou sua notoriedade e influência dentro do Hamas.

O uso estratégico de reféns por Sinwar como alavanca de negociação ressalta ainda mais sua abordagem linha-dura.

Após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerã, a posição de Sinwar dentro do Hamas foi ainda mais solidificada.

Autoridades de segurança em Israel disseram ao Canal 13 que se espera que a eliminação de Sinwar ajude a chegar a um acordo.

As famílias de sequestrados disseram: “O sangue de muitos israelenses foi encontrado nas mãos de Yahya Sinwar, um assassino que trouxe o maior desastre para Israel, bem como para seu próprio povo. Sua eliminação, como a eliminação de Nasrallah, é uma vitória na batalha principalmente para a consciência, mas o caminho para a vitória na guerra reside na libertação dos 101 sequestrados”.

As famílias dos reféns, entretanto, receberam a notícia da morte de Sinwar com sentimentos contraditórios e preocupação pelos seus entes queridos que estariam abandonados nos túneis do Hamas. “Netanyahu, não enterre os reféns restantes ainda vivos”, disse Einat, a mãe de Matan Tsangauker

Fonte: Revista Bras.il a partir de Canal 13, NBC News e Zê Má Yêsh
Foto: Wikimedia Commons