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Yad Vashem altera orações aos mortos

O memorial do Holocausto Yad Vashem alterou as duas principais orações em memória aos mortos, recitadas no Dia da Memória do Holocausto –  Yizkor e  El Maleh Rahamim – para incluir judeus dos países árabes.

A oração de Yizkor pede a Deus que se lembre de “todas as almas, de todas as comunidades de Beit Israel na diáspora europeia” que morreram no Holocausto. Na oração emendada, a palavra europeia é removida.

A oração de El Maleh Rahamim pede a Deus para “dar descanso nas asas da Divina Presença, entre os santos, puros e gloriosos que brilham como o céu, para todas as almas dos seis milhões de judeus, vítimas do Holocausto na Europa”. A palavra Europa foi removida.

A mudança veio depois que Yael Robinson, uma estudante de Zichron Yaakov cujo avô era um sobrevivente do Holocausto de Trípoli, Líbia, discordou no ano passado do fato de que a cerimônia de recordação do Memorial não mencionava as vítimas fora da Europa.

Antes de o avô de Robinson morrer, ele disse a ela que quando criança ele viu seu pai ser preso e jogado “como um saco de batatas” em um caminhão que o levou ao gueto, de onde ele escapou e voltou para casa algumas semanas depois. “Quando queriam levar o pai, ele tentou segurá-lo para não ir, e o alemão, que tinha pontas de metal no sapato, chutou-o e, até o dia da sua morte ele tinha as cicatrizes.” – relembra ela

A legislação semita foi imposta aos 415.000 judeus do Marrocos, Argélia e Tunísia após o estabelecimento do regime de Vichy na França, de acordo com o Yad Vashem, e milhares de judeus da Líbia foram levados para campos de concentração. O governo pró-alemão de Bagdá não impediu ataques à comunidade judaica iraquiana.

As alterações já aparecem no site do Yad Vashem.

 

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