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Viva a Copa, o mundo não tem problemas

Por David S. Moran

No próximo domingo (20) começa no Catar a Copa do Mundo, também conhecida por o Mundial. Os olhos do mundo todo, durante quase um mês, estarão voltados para o Carnaval do futebol, mesmo que não seja a época dele. Neste mês acabam os problemas do mundo. A Rússia não bombardeia a Ucrânia e promove o sofrimento de sua população. O Irã está fora da mídia nas suas matanças de dissidentes e dos protestos no país inteiro desde o assassinato da estudante Mahsa Amini (22), por colocar o hijab pela metade. Desde então cerca de 400 pessoas foram mortas e milhares feridos e ou presos.

O Catar, onde está se realizando o Mundial, não dará melhores condições de vida aos milhões de trabalhadores que lá servem os 10% da população nativa. Nem cessará sua perseguição aos homossexuais e à imprensa livre. Continuará financiar o terrorismo dos radicais muçulmanos, mas a mídia estará concentrada em Messi, Neymar, Mpappé e outros craques do futebol.

Não é valido varrer ao canto o lixo, os desastres e o mal trato dos humanos. Infelizmente, as atrocidades, humilhações e as matanças continuam por toda parte.

Esta semana, o mundo foi atordoado pela explosão ocorrida em Istambul, na rua principal, a Istiklal (a Independência), no meio do calçadão. Uma terrorista, que segundo as autoridades turcas é síria e é ligada a organização curda PKK e outros dizem que pertence ao Estado Islâmico (que está ativo, mas a mídia já não divulga), carregou uma mochila com explosivos, deixou-a desatendida e na hora H, a fez explodir causando a morte de 6 pessoas e o ferimento em cerca de 100. Pois é, muçulmanos matam muçulmanos. Aliás, os extremistas islâmicos matam muito mais muçulmanos do que pessoas de outras religiões.

A incitação da Autoridade Palestina e, evidentemente, da Hamas e outras organizações palestinas contra Israel continuarão a incentivar jovens palestinos a cometer assassinatos de civis israelenses. Isto ocorreu nesta terça (15). Um jovem de 18 anos, com certificado de trabalho em cidades israelenses na Judeia e Samaria, chega ao posto de checagem em Ariel, local onde trabalhava, saca uma faca e apunhala um vigia, corre e assassina mais dois israelenses e fere outros quatro, até ser morto.

Esta é a mesma Autoridade Palestina que depende totalmente de Israel, país que lhe passa verbas, do recolhimento de impostos das suas importações, por portos israelenses. Que recebe sua energia elétrica da “Light” israelense. A Autoridade Palestina liderada por Mahmoud Abbas (85 anos), que financia terroristas presos por Israel, e ou familiares de terroristas mortos em combates com Israel. Isto incentiva outros a seguir ao terror sabendo que seus familiares receberão bom “salário” por seu ato.

Esta é a mesma AP que levou a Assembleia Geral da ONU a proposta de que a Corte Internacional de Justiça em Haia estude as consequências da “ocupação” israelense dos territórios palestinos. Aliás, o Brasil, votou com outras 97 nações a favor. Votaram contra 17 países, entre eles, EUA, Itália, Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, República Checa. O Brasil, infelizmente, posicionou-se com os países árabes e africanos que votaram contra Israel. O primeiro ministro Yair Lapid disse: “esta resolução é um prêmio às organizações terroristas e as campanhas anti-israelenses”.

As lutas na Nigéria entre os muçulmanos e os cristãos não serão cobertas pela mídia, que assim mesmo não divulga geralmente o que lá ocorre, nem as lutas internas na Somália ou na Líbia.

No domingo começa o Mundial, mas o mundo continua a girar e não só a bola de futebol. Melhor seria se as divergências fossem entre torcidas – agora de nações e geralmente de times – e não guerras e matanças entre países. Se pudéssemos cobrir apenas competições esportivas, o mundo seria muito melhor, mas em poucos dias, cairemos novamente na triste realidade de matança e destruição.

Quem matou Arafat

No dia 11.11 2004, Yasser Arafat morreu num hospital militar na França, para onde foi levado do cerco israelense à Mukata, em Ramallah. O cerco lhe foi imposto por incentivar ataques palestinos contra israelenses. Na época, evidentemente que os palestinos acusaram Israel de envenenar seu líder. Em 2010, foi constituída uma comissão para apurar a verdade, mas as suas conclusões nunca foram publicadas. Agora, com Mahmoud Abbas já velho, com 85 anos, e com a luta para herdar seu posto começando, foram vazadas centenas de testemunhos dados à Comissão presidida por Tawfik Tirawi, que foi o comandante do Serviço de Inteligência palestino e hoje rival de Abbas.

Dos testemunhos, nota-se a grande rivalidade que existia entre Arafat e Abbas, que era seu vice. Arafat acreditava que Abbas, com o ex-primeiro ministro palestino Ahmad Karia (Abu Ala) e Nabil Sha’at, ex-ministro do exterior palestino, estavam tramando um complô contra ele. Abbas, chamava Arafat de “senil”. Arafat era paranoico e depressivo. Enquanto estava isolado, os outros líderes da Fatah, saiam do QG e ele sentia que o abandonarvam. Ninguém sabe quem fez vazar estes testemunhos e porque agora. Acredita-se que é pela guerra de sucessão da liderança palestina.

Foto: Alex Sergeev (www.asergeev.com), CC BY-SA 3.0, (Wikimedia Commons)

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