Vítimas do terrorismo palestino são sepultadas

Três das sete vítimas do ataque terrorista de sexta-feira em Jerusalém foram sepultadas no final da noite de sábado, enquanto Israel lamenta as mortes e enfrenta as tensões e violência crescentes com os palestinos.

O tiroteio próximo a uma sinagoga no bairro de Neve Ya’akov, em Jerusalém, foi o ataque terrorista com maior número de vítimas em mais de uma década.

A vítima mais jovem do ataque, Asher Natan, de 14 anos, foi enterrada no Cemitério Judaico no Monte das Oliveiras, em Jerusalém.

Natan havia saído de casa para encontrar alguns amigos após a refeição do Shabat, quando foi morto a tiros pelo terrorista. Quando seus pais ouviram o tiroteio, foram procurar o filho, mas demorou uma hora para perceber que ele havia sido assassinado.

“Eu sempre quis tanto que as coisas fossem boas para você. Agora você está em um bom lugar para a eternidade”, disse seu pai, Aharon Natan, no funeral.

“Asher não morreu, ele apenas se separou de seu corpo. Sua alma é eterna. A união aqui é um abraço gigante para nós”, disse.

“Me desculpe por às vezes te machucar e não ver o que há de bom em você”, disse ele ao filho, de acordo com o site de notícias Ynet.

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O prefeito de Jerusalém, Moshe Lion, disse: “Ele foi assassinado com crueldade inimaginável por um terrorista que não parou mesmo quando viu um menino de olhos puros”.

“Ninguém pode descrever a terrível dor dos pais que têm que enterrar seus filhos, mas eu quero dizer a eles: Israel sempre vencerá”, disse Lion. “Faremos de tudo para não voltar aos dias terríveis em que o medo dominava as ruas”.

Eli e Natali Mizrahi, um casal morto no ataque, foram enterrados no cemitério Derech Hachaim, perto da cidade de Beit Shemesh.

O pai de Eli, Shimon, disse que o casal saiu para tentar ajudar aqueles que foram baleados durante o ataque e foram mortos pelo terrorista à queima-roupa.

“Eu gritei para eles não descerem, mas eles não responderam. Eles ouviram tiros e saíram para ajudar”, disse o pai no funeral.

A prefeita de Beit Shemesh, Aliza Bloch, disse: “Seus corações conectaram vocês dois na vida. Nove anos juntos. Você queria criar uma família e ensinar a eles sua capacidade de doar”.

“Seus corações também os conectam na morte. Hoje você está ensinando sua capacidade de dar a todos os filhos de Beit Shemesh”, disse Bloch.

A irmã de Eli Mizrahi interrompeu o legislador do Likud, Nir Bakat, enquanto ele falava no funeral, acusando-o de querer aparecer, informou a Rádio do Exército.

“Saia daqui. Você está falando assim porque tem gente por perto e tem mídia. Você está dando um show”, disse ela a Barkat, o ministro da Economia.

Natali Mizrahi era funcionária do Hospital Hadassah, para onde foi levada após ser baleada na noite de sexta-feira. Sua morte foi declarada imediatamente após a chegada, disse o hospital.

As outras vítimas do ataque terrorista foram identificadas como Rafael Ben Eliyahu, de 56 anos; Shaul Hai, 68; Irina Korolova, 59; e Ilya Sosansky, 26. Os detalhes de seus funerais não foram divulgados.

Ben Eliyahu, morador da área do ataque, deixou sua esposa e três filhos. Ele trabalhava para o jornal estatal Israel Post.

Shaul Hai trabalhava numa sinagoga do bairro, segundo o site de notícias Kikar Shabbat.

De acordo com relatos da mídia hebraica, Korolova, uma cidadã ucraniana, trabalhava como zeladora.

“Compartilhamos a dor de Israel após os ataques terroristas em Jerusalém. Entre as vítimas está uma mulher ucraniana”, escreveu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Twitter. “Sinceras condolências às famílias das vítimas. Os crimes foram cinicamente cometidos no Dia Internacional da Memória do Holocausto”.

Condolências e condenações pelo ataque chegaram de outros líderes mundiais na noite de sexta e sábado.

“O coração se parte”, disse o líder da oposição Yair Lapid. “Envio condolências e força às famílias neste momento difícil.”

Fonte: The Times of Israel
Foto: Cortesia