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“Vê-lo em cativeiro corta o coração”, diz mãe de refém

Israel enviou uma “resposta” ao Hamas depois que a Jihad Islâmica divulgou um vídeo de 30 segundos do refém Alex (Sasha) Trufanov e, agora, está à espera de uma posição da organização terrorista.

Nas imagens do vídeo, o refém é visto dizendo, “sou cidadão de Israel, nos próximos dias vocês ouvirão de mim, o que aconteceu comigo e com o resto dos prisioneiros aqui em Gaza”.

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed al-Thani, deve apresentar a resposta de Israel à proposta de acordo de reféns e cessar-fogo ao Hamas. Israel espera que os mediadores exerçam pressão sobre a organização terrorista. “Sem o consentimento do Hamas, não há acordo”, dizem fontes israelenses.

Especialistas israelenses acreditam que o vídeo divulgado pela Jihad Islâmica “não tem relevância”. “Isto é uma guerra psicológica e não serve para lançar uma nova luz sobre o seu destino. Apenas envergonha a Rússia”, que acolheu a liderança do Hamas e da Jihad Islâmica várias vezes nos últimos meses, segundo uma fonte.

A Rússia teria recebido promessas das duas organizações terroristas de libertar Trufanov, que imigrou da Rússia para Israel há 25 anos e que está mantido em cativeiro na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

Yelena Trufanov, mãe de Sasha, disse na noite de terça-feira sobre o vídeo divulgado pela Jihad Islâmica que “vê-lo hoje me deixa muito feliz, mas também corta o coração porque ele ainda está em cativeiro. Apelo a todos os tomadores de decisão, por favor, façam tudo para trazê-lo e a todos os reféns para casa agora”.

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Sua avó, Irena Tati, acrescentou, “estou muito feliz em ver você, meu Sol. Tenho esperança de estar com você”.

“Estamos esperando que você volte para nós e estamos fazendo todos os esforços possíveis para que isso aconteça logo”, disse sua namorada, Sapir Cohen.

As três mulheres foram sequestradas para Gaza no dia 7 de outubro juntamente com Sasha, e libertadas na negociação de reféns no final de novembro, após 54 dias em cativeiro. O pai de Sasha, Vitaly, foi assassinado durante o massacre por terroristas do Hamas.

Parte do vídeo de Trufanov em cativeiro foi divulgado publicamente com a permissão de sua família.

A mãe de Shasha, Yelena, disse em entrevista à TV que “me deixa louca não sentir que o país esteja fazendo tudo para libertar os reféns. Quando estive em cativeiro tinha a certeza de que o DNA de Israel é fazer tudo para nos trazer de volta e, quando regressei, vi de repente que havia discussões sobre o preço a pagar”, disse ela.

“Entendo que haja discussão sobre o preço, compreendo que isso não possa ser feito a qualquer preço, mas na minha opinião é preciso fazer muito mais, é preciso haver uma ordem nacional de prioridades. Meu filho não é apenas meu, ele é filho de todos, de todo o povo de Israel”, disse ela.

Trupanov contou sobre as condições do cativeiro e expressou preocupação com seu filho. “Não posso saber o que acontece com eles agora porque quando estávamos lá a situação era muito melhor. Para mim, está pior agora, tanto na comida como na bebida. Estou muito preocupada, sei que muitos dos reféns, principalmente homens, receberam tratamento pior, receberam água salgada para beber”.

Na segunda-feira, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, disse numa conferência do Instituto Misgav de Segurança Nacional e do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) que “as propostas que Israel apresentou para libertar os reféns são generosas. O Hamas está atualmente exigindo outra coisa, está exigindo que realmente nos rendamos. Por outro lado, o tempo não favorece os reféns e há prioridade na sua localização, mesmo que isso tenha um custo”.

“Ainda acreditamos que seja possível alcançar os dois objetivos ao mesmo tempo – o retorno dos reféns e não desistir e subjugar o Hamas”, disse Hanegbi.

Ele também alertou que, “se pararmos agora, não sei se recuperaremos a motivação e a legitimidade, portanto o próximo massacre é apenas uma questão de tempo. Israel deve ser diferente do que era até 7 de outubro. A questão dos reféns é sagrada e espero que possamos resgatá-los”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet e Iton Gadol
Foto: Captura de tela

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