“Vão para o inferno”, diz ministro para reservistas

O Ministro das Comunicações, Shlomo Karhi (Likud), enviou um recado com palavras fortes aos reservistas das FDI que ameaçam não se apresentar para o serviço em protesto contra as reformas judiciais planejadas pelo governo.

“E Mordechai não se ajoelhava nem se curvava”, escreveu Karhi em um post no Twitter para marcar o início do feriado de Purim, citando o Livro de Ester. “Há momentos em que é preciso permanecer firme contra a hegemonia”.

“Aos que se recusam a servir, dizemos a eles o que Mordechai disse a Ester: ‘Lucro e salvação surgirão para os judeus de outro lugar, e a casa de seu pai será destruída’”, escreveu ele. “O povo de Israel vai passar sem vocês e vocês podem ir para o inferno.”

“O movimento da reforma judicial vai avançar. Foi por esse movimento que chegamos ao poder”, disse ele.

Em resposta aos tweets, Yulia Malinovsky, do Yisrael Beytenu, da oposição, escreveu: “Quem exatamente você está enviando para o inferno? Eles são parte da nação e não qualquer parte, são eles que sustentam o estado com seus impostos, servem no exército, são pilares do Estado de Israel”.

Malinovsky então criticou Karhi diretamente, acusando-o de ser “uma pessoa ingrata e desconectada”.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que “as recusas dos reservistas de se apresentar ao serviço ameaçam a base de nossa existência”.

Falando na leitura do Livro de Ester na base da Polícia de Fronteira em Beit Horon, Netanyahu disse que “na sociedade há espaço para protestos, espaço para pontos de vista opostos, mas não há espaço para recusas, porque assim que for legitimado, ele se espalhará e se tornará um método comum”.

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O líder da oposição, Yair Lapid, disse em resposta ao aviso do primeiro-ministro: “Netanyahu, em seu governo há dois partidos cuja plataforma é a recusa de servir nas FDI”, referindo-se aos partidos haredi Shas e Judaísmo Unido da Torá. “Por que você não diz uma palavra sobre eles? Em vez de realizar coletivas de imprensa nojentas com o palhaço do Tiktok, pare com a loucura”.

Mais de 200 médicos reservistas das FDI afirmaram que se recusarão a se apresentar ao serviço se as reformas judiciais forem promulgadas.

Em uma carta ao ministro da Defesa, Yoav Gallant, ao chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, e ao diretor médico, Elon Glassberg, os médicos exigiram a paralisação do processo legislativo “imediatamente e sem pré-condições”.

Gallant e Halevi se reunirão hoje com soldados da reserva das várias unidades das FDI. A reunião será realizada no Gabinete do Ministro da Defes, na Kirya, em Tel Aviv.

Fonte: Israel National News
Foto: Kobi Gideon (GPO)