Universidade oferece graduação em Cannabis
A Universidade de Max Stern, localizada no Vale de Jezreel, no norte de Israel, se tornará a primeira universidade no país a oferecer um diploma em cannabis medicinal. O corpo docente, fundado em 1965, tem 100 professores e 5.200 estudantes.
A Universidade oferecerá cursos sobre a maconha, que se concentrarão principalmente no crescimento da planta e, mais importante, nos usos medicinais e nas vantagens que podem ser obtidas através da cannabis. A partir do terceiro ano de estudos, os alunos poderão participar pessoalmente no plantio e crescimento da planta em “fazendas” especializadas.
Desde os anos 90, Israel permite o uso de cannabis medicinal em certos pacientes que sofrem de algum tipo de câncer, bem como Parkinson, esclerose múltipla ou doença de Crohn. Recentemente, em julho de 2018, a descriminalização da maconha foi aprovada no Parlamento. A lei entrou em vigor em abril de 2019.
Atualmente, em Israel existem oito centros legais, autorizados e financiados pelo governo, para o plantio e pesquisa da maconha. O Ministério da Saúde é o encarregado de financiar a pesquisa, com orçamento de cerca de 8 milhões de shekels por ano, sem o apoio da iniciativa privada.
Em janeiro, o governo israelense aprovou a exportação de maconha medicinal cultivada no país para o mercado global e, de acordo com as projeções, isso poderia ter um valor de 28 bilhões de dólares até 2024. Em agosto de 2017, estimava-se que a exportação maconha poderia gerar até 4 bilhões de shekels por ano. As licenças e permissões de exportação são concedidas apenas pelo Ministério da Saúde, após prévia autorização da polícia.
O objetivo da Universidade Max Stern é preparar academicamente os profissionais para administrar uma indústria completamente nova, com crescimento acelerado. Como o diretor da Universidade do Vale de Jezreel declarou: “A indústria de cannabis hoje é o que a indústria cibernética fez há 10 anos: Israel pode e será líder neste setor”.
Embora a legislação atual descriminalize o uso de cannabis para fins recreativos, seu consumo não é legal em Israel.