Universidade de Nova York abrirá centro de combate ao antissemitismo
Desde o ataque surpresa do Hamas a Israel, em 7 de outubro, os casos de incidentes antissemitas aumentaram a nível internacional.
Nos Estados Unidos, registaram-se atos discriminatórios contra a comunidade judaica nas vias públicas, contra instituições, sinagogas e escolas judaicas, mas também no ambiente universitário.
É por isso que a Universidade de Nova Iorque (NYU) anunciou a criação de um centro dedicado ao estudo e combate ao antissemitismo. O centro é uma resposta institucional para estudantes judeus que afirmam sentir-se discriminados ou inseguros face a algumas das manifestações que ocorrem diariamente no campus.
Três estudantes judeus da NYU entraram com uma ação judicial alegando que a escola não conseguiu protegê-los da escalada do antissemitismo, que, segundo eles, piorou desde o início da guerra Israel-Hamas, em 7 de outubro.
A ação, movida no tribunal federal de Manhattan pelos alunos Bella Ingber, Sabrina Maslavi e Saul Tawil, invoca o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proíbe a discriminação com base na raça, cor ou origem nacional. “O antigo vírus do antissemitismo está vivo e bem na Universidade de Nova York”, afirma o processo. “Este caso surge das flagrantes violações dos direitos civis da NYU que criaram um ambiente educacional hostil no qual os demandantes e outros estudantes judeus da NYU foram submetidos a atos generalizados de ódio, discriminação, assédio e intimidação. Os estudantes afirmam que o “comportamento antissemita” na universidade tem sido “contínuo” e alegam que a NYU mostrou “na melhor das hipóteses, indiferença deliberada”. Os estudantes alegam no processo que a escola promoveu “um ambiente no qual estudantes e membros do corpo docente têm permissão para abusar, difamar, e ameaçar repetidamente estudantes judeus com impunidade”.
O porta-voz da NYU disse que as alegações “não descrevem com precisão as condições em nosso campus ou as muitas medidas que a NYU tem tomado para combater o antissemitismo e manter o campus seguro”.
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O novo espaço se chamará Centro para o Estudo do Antissemitismo e, segundo a reitora da universidade, Linda G. Mills, investigará tanto a discriminação tradicional contra os judeus quanto o chamado “novo antissemitismo”, intimamente relacionado ao antissionismo.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Aurora e ABC News
Foto: Wikimedia Commons