Réplica da Menorá a caminho de Jerusalém
Um grupo de cristãos alemães está a caminho de Jerusalém com uma réplica em tamanho real da Menorá do Templo. A réplica do candelabro mede 1,50 m e tem 120 quilos de ouro e está vindo da Alemanha para o porto de Haifa via Roma.
A Menorá chegará no dia 5 de maio e será apresentada no dia 9 de maio em uma cerimônia em Jerusalém. Os onze cristãos, que fazem parte do “Projeto Menorá”, estão trabalhando na peça há um ano e meio. Eles levantaram €120.000 em doações privadas para financiar a iniciativa. “A Menorá de sete braços é um símbolo do Estado de Israel”, disse Luca-Elias Hezel, que iniciou o projeto. “Para nós, é um símbolo que fala mais alto e é mais significativo do que todas as palavras”. Ele disse que a Menorá, inspirada naquela representada no Arco de Tito em Roma, está sendo entregue ao povo judeu como um presente no 71º Dia da Independência de Israel.
Em seu site, o Projeto Menorá explica sua visão: “Como o povo judeu precisa lidar publicamente com a injustiça e o roubo, queremos trazer de volta a menorá de Roma a Jerusalém”. Hoje, em Roma, ainda é possível ver uma réplica da menorá no Arco de Tito, que serve como um lembrete do triunfo do Império Romano sobre os judeus na Judéia e sua conquista de Jerusalém.
Os romanos destruíram o templo judaico em 70 E.C. O roubo, de acordo com o site, representa simbolicamente a distância entre a igreja primitiva e suas raízes judaicas, o que levou ao que é conhecido como teologia da substituição: a ideia de que Deus substituiu Israel pela Igreja e a Bíblia original (Antigo Testamento) por uma nova. A teologia da substituição é frequentemente apontada como a causa raiz do antissemitismo, incluindo o Holocausto. “A igreja nunca devolveu os instrumentos sagrados ao povo judeu”, explicou o Projeto Menorá. “Em vez disso, a igreja se viu como o novo Israel espiritual. Queremos aceitar nossos fracassos como igreja e estabelecer um sinal de retorno. É uma declaração pública para o povo judeu e um ato de pedir perdão também”.
Ainda segundo o grupo, a réplica da menorá não deve ser um objeto de culto, mas deve encontrar seu lugar como um memorial em Jerusalém.
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