Um bicho de pelúcia para reduzir a dor
Um estudo de uma universidade israelense revelou que tocar um pequeno robô japonês de pelúcia, em forma de foca, reduz a dor e aumenta a felicidade.
Para surpresa dos cientistas, a pesquisa também mostrou que o contato com o bicho de pelúcia reduz os níveis de ocitocina, o “hormônio do amor”.
O contato de menos de uma hora com o robô, chamado Paro, pode melhorar o humor e reduzir a sensação de dor, seja intensa ou leve, indicou o estudo da Universidade Ben Gurion, em Israel.
A equipe de pesquisa também identificou que os participantes do estudo experimentaram uma redução maior na dor quando tocaram o robô do que quando estavam simplesmente na mesma sala que ele.
Uma das descobertas que chamou a atenção dos cientistas, no entanto, foi que aqueles que interagiram com o Paro apresentaram níveis mais baixos de ocitocina do que aqueles que não tiveram contato com ele.
Segundo os pesquisadores, altos níveis de ocitocina geralmente estão associados ao contato de crianças com suas mães ou entre parceiros, daí o nome “hormônio do amor”, embora tenham destacado que estudos recentes mostraram que a produção desse hormônio também pode ser um indicador de estresse.
“Essas descobertas oferecem novas estratégias para gerenciar a dor e melhorar o bem-estar, algo particularmente necessário no momento, quando o distanciamento social é um fator crucial para a saúde pública”, disse a Dra. Shelly Levy-Tzedek, do departamento de terapia corporal da universidade.
O Paro (um acrônimo estranho para Reforma Agrária Oficial da Província), que parece um bebê de foca, foi inventado em 2003 por Takanori Shibata, engenheiro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão. O Paro possui sensores táteis, de luz, de audição, de temperatura e de movimentos.
Equipado com processadores duplos de 32 bits, três microfones, 12 sensores táteis que cobrem seu pelo, bigodes sensíveis ao toque e um delicado sistema de motores e atuadores que movem silenciosamente seus membros e corpo, o robô responde ao carinho movendo sua cauda e abrindo e fechando os olhos.
O robô tem um efeito calmante e provoca respostas emocionais em crianças autistas, em pacientes hospitalizados em residentes de lar de idosos – e até pacientes com demência – semelhante à terapia com animais.