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Turista com green card fere cinco em Tel Aviv

Cinco pessoas foram esfaqueadas, na noite desta terça-feira, por um terrorista em um bairro badalado de Tel Aviv, famoso por seus restaurantes e vida noturna.

Três das vítimas foram atendidas no Hospital Ichilov, incluindo uma com “uma condição séria com um ferimento de faca no pescoço”. O terrorista, um estrangeiro de 28 anos, foi baleado no local, disse a Polícia.

A agência de inteligência israelense Shin Bet começou uma investigação após a autorização de entrada do homem, que supostamente tinha cidadania marroquina e residência permanente americana.

Este é o segundo esfaqueamento em Tel Aviv em quatro dias, depois que outra pessoa foi atacada no sábado. O terrorista foi baleado por um civil armado.

O terrorista que realizou o ataque de ontem era o cidadão marroquino Abdelaziz Kaddi, portador de green card dos EUA, como mostra uma carteira de identidade encontrada em seu corpo.

Kaddi foi abordado pela segurança quando chegou ao país em 18 de janeiro, mas mesmo assim teve sua entrada autorizada, com um visto de turista.

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O Ministro do Interior Moshe Arbel disse que as autoridades de imigração identificaram Kaddi como uma ameaça quando ele chegou ao país no Aeroporto Ben Gurion e tentaram impedi-lo de entrar. Ele foi entregue a autoridades de segurança para interrogatório.

“Para meu pesar, eles decidiram permitir sua entrada em Israel”, disse Arbel em uma declaração, pedindo ao chefe do Shin Bet, Ronen Bar, que investigasse o incidente. “Após a entrada do terrorista em Israel, ele passou por uma avaliação de segurança que incluiu um interrogatório, bem como verificações adicionais”, disse o Shin Bet.

De acordo com um funcionário de controle de fronteira, Abdelaziz não conseguiu fornecer uma razão clara para sua visita, não explicou seu propósito e não disse com quem se encontraria ou se ele pretendia trabalhar em Israel. Suas respostas evasivas levaram a um encaminhamento imediato ao Shin Bet para mais interrogatórios. Apesar das preocupações levantadas, os oficiais de segurança finalmente aprovaram sua entrada.

O terrorista esfaqueou quatro pessoas na Rua Nahalat Binyamin, antes de correr para a vizinha Rua Gruzenberg, onde esfaqueou uma quinta pessoa e foi morto a tiros.

Em meio a vários relatos sobre quem atirou no terrorista, o site Ynet citou membros de uma unidade de forças especiais não especificada, aparentemente de folga, que disseram ter notado o ataque. “Descemos de um apartamento e vimos o terrorista derrubando alguém no chão. Gritamos para ele parar e atiramos porque ele não obedeceu”, disse um deles ao Ynet, sem ser identificado.

O ex-ministro Itamar Ben Gvir agradeceu à heroína que matou o terrorista. “Uma arma que salva vidas”, disse ele.

Testemunhas oculares disseram à mídia israelense que o terrorista chegou em uma motocicleta pilotada por outra pessoa que depois deixou o local. A polícia vasculhou a área ao redor em busca de possíveis cúmplices.

Investigações posteriores revelaram que Abdelaziz havia compartilhado postagens inflamatórias nas mídias sociais, incluindo conteúdo pró-Gaza e anti-Israel. Em uma postagem, ele acusou Israel de deixar civis famintos no norte de Gaza e afirmou que “meio milhão de habitantes de Gaza correm o risco de morrer de fome”. Ele também compartilhou um vídeo elogiando o islamismo acompanhado do slogan “Palestina Livre” e uma foto do terrorista morto Ibrahim al-Nabulsi.

Após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, Abdelaziz compartilhou uma postagem referindo-se ao massacre como uma razão potencial para “dobrar o número de mártires do islamismo”.

Pouco depois do ataque e da divulgação de sua identidade, o perfil de Abdelaziz no Facebook foi excluído.

O incidente gerou um debate público sobre os protocolos de segurança da fronteira e o tratamento de indivíduos sinalizados como ameaças em potencial, principalmente durante o aumento das tensões na região.

O esquadrão antibombas está revistando oquarto no Hotel Embassy, em Tel Aviv,  onde o terrorista estava hospedado e um carro alugado por ele.

O Hamas não assumiu a responsabilidade, mas elogiou o ataque em uma declaração.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e Ynet
Fotos: Facebook e FDI

Um comentário sobre “Turista com green card fere cinco em Tel Aviv

  • CARLA ESTEVES DE AZEVEDO GUEDES

    Greencard mal empregado cancelado com sucesso. Próximo

    Resposta

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