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Trump quer o Nobel da paz

Por David S. Moran

O presidente norte-americano, Donald J. Trump é muito imprevisível, como foi notado por exemplo quando declarou as novas taxas nas importações americanas e logo voltou atrás. Mas, uma coisa o incomoda muito: o ex-presidente Barak Obama recebeu o Prêmio Nobel da Paz e ele, ainda não. Agora, ele está se voltando para os EUA, mas também para o Oriente Médio para tentar chegar a algo significativo, que lhe indique para o Prêmio Nobel da Paz.

Ele está se empenhando na libertação de sequestrados israelenses que têm também cidadania americana, das mãos da organização terrorista Hamas. Tão envolvido que recebeu na Casa Branca e também falou com familiares de sequestrados, mais do que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Este teme falar com familiares dos sequestrados a não ser que sejam favoráveis ao seu partido.

No último sábado (12/04), o enviado especial americano, Steve Witkoff, iniciou em Omã negociação indireta com o ministro do exterior iraniano sobre um acordo para retirar a ameaça nuclear iraniana de cena. Os dois não se encontraram diretamente: o ministro do exterior do Omã passava as mensagens de um para o outro, em quartos separados. Combinaram em se encontrar amanhã em Roma. O presidente Trump parece que está tentando negociação diplomática, mas já advertiu, em março, e voltou agora a ameaçar: “se o Irã não fizer acordo, terá bombas e elas serão como jamais vistas antes” (30/03). Ao contrário do que Israel exigiu, de que o Irã desmantelasse todo o seu projeto nuclear, os americanos não pediram, estão dispostos a permitir enriquecimento de urânio de 60% que seria guardado fora do Irã. Trump parece que voltou atrás à carta que enviou no início de março a Khamenei e escreveu que “não podemos permitir que o Irã tenha arma nuclear. Algo acontecerá brevemente. Prefiro o meio diplomático, mas há outra alternativa”. Acompanhado do presidente de El Salvador (14/04), Trump voltou a ameaçar o Irã. “Se precisarmos fazer algo drástico, faremos. Não para os EUA, mas para o bem do mundo. Isso inclui ataque às usinas atômicas do Irã”.

Para dar reforço a suas palavras, oito aviões B52, porta-aviões e navios de guerra foram transferidos a ilha de Diego Garcia e há os que estão no Golfo Pérsico, atacando os Houtis no Iêmen, que são proxies do Irã.

A pressão econômica no Irã também deve favorecer o diálogo com os americanos. A situação econômica deste país é caótica. A inflação é de 40%, o real iraniano foi desvalorizado em 95%, 30% da população na linha abaixo da miséria, grande taxa de desemprego. Mas o fanatismo religioso e o medo de perder o poder pode atrapalhar a lógica e as ações de melhoria das condições do povo iraniano. Até a exportação de petróleo, principalmente para a China, caiu muito devido ao cerco americano.

Trump tem em pensamento não só a Israel, mas também outras nações do Oriente Médio e principalmente a Arábia Saudita, que ele visitará em maio. Tratará de um acordo de segurança, de investimentos sauditas nos EUA de mais de 1 trilhão de dólares e até da construção de usina nuclear civil e talvez até normalização entre a Arábia Saudita e Israel.

Trump quer remodelar o Oriente Médio e o mundo. Quer tirar a ameaça nuclear iraniana, juntar o Líbano (com Hezbollah enfraquecido) à Síria (sem Assad) e formar um bloco de islão “mais moderado”, sunita, que se identifica com os EUA e este bloco incluiria a Arábia Saudita e o Estado de Israel. Trump acredita que com sua amizade com Putin poderá formar uma nova ordem mundial e receber o Prêmio Nobel da Paz, que tanto parece almejar.

A invasão muçulmana à Europa e suas consequências

O mundo cristão acha que o problema com o Islão é só com Israel e se engana muito. Há árabes cristãos e eles são uma minoria; uma minoria perseguida mesmo nos países árabes e até em Israel, por árabes muçulmanos. A cidade mais importante para os cristãos é onde nasceu Jesus, Beth Lehem, ou seja, Belém, que está localizada 10 km ao sul de Jerusalém, na área controlada pela Autoridade Palestina

Uma pesquisa de 1950 apontava que 86% da população de Belém era cristã. Desde que a Autoridade Palestina controla a região, há terror contra os cristãos, ataques a igrejas, cemitérios e propriedades cristãs. A polícia da Autoridade Palestina não os protege. Em 2003, a AP fechou o ministério das Religiões e implementou a Lei da Sharia para todos os palestinos. Estupros e sequestro de jovens cristãs tornam suas vidas infernais. Segundo o censo de 2017, só 10% da população de Belém é cristã e o mesmo ocorre na Faixa de Gaza. Quando a organização terrorista Hamas tomou o poder, em 2007, 5.000 pessoas eram da fé cristã. Atualmente, só 600 praticam o cristianismo, escondido.

Os coptas no Egito, que são 10% da população, sofrem das mesmas perseguições, mas isto a mídia internacional desconhece.

Nos últimos anos, a Europa vem sofrendo invasão de muçulmanos da África e do Oriente Médio. Sua população aumenta mais rapidamente do que a europeia, dada a alta natalidade. O europeu tem 1 ou 2 filhos e descansa, o muçulmano tem 7 ou 8. O problema dos imigrantes muçulmanos é que eles não se esforçam em se integrar na sociedade para a qual imigraram, muito pelo contrário. Eles veem alguém com cruz e lhe batem. Eles veem homossexuais e lhes batem. Em 40 dos 57 países de maioria muçulmana há leis contra homossexuais, em 12 deles até pena de morte. Em muitos casos, veem as jovens europeias como promíscuas, pelas suas roupas e tentam se aproveitar disso. Mas, os liberais europeus não veem nada disso. A mídia europeia e mundial prefere resumir tudo isto no conflito árabe israelense, até que isto bata na sua cara. A Polônia e a Hungria impedem imigração islâmica.

Foto: Rawpixel

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