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Trump impede ataque de Israel ao Irã

De acordo com uma reportagem do New York Times, publicada nesta quinta-feira, Israel planejava atacar instalações nucleares no Irã no mês que vem. Fontes do governo americano disseram que o presidente Donald Trump convenceu Israel a suspender o ataque em favor da tentativa de chegar a um acordo diplomático com o Irã.

Trump teria tomado essa decisão após longas discussões e deliberações dentro de sua administração entre membros extremistas do gabinete, que apoiavam o ataque, e outros conselheiros, que estavam céticos sobre a capacidade de danificar significativamente as instalações nucleares e que temiam que um ataque pudesse desencadear uma guerra regional.

De acordo com o jornal, Israel elaborou um plano para um ataque e acreditava que os EUA dariam sinal verde para sua execução. De acordo com autoridades do governo informadas sobre o plano, a intenção de Israel era atingir as instalações de uma forma que atrasaria o programa nuclear do Irã por um ano ou mais. O plano israelense exigia assistência americana tanto para proteger Israel de um contra-ataque quanto para garantir o sucesso do ataque em si.

No início deste mês, Trump informou Israel que havia decidido não apoiar um ataque. A questão também surgiu no recente encontro entre Trump e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Washington. De acordo com o New York Times, Netanyahu enviou representantes para informar os americanos sobre os detalhes do plano, que incluía uma operação de comando nas instalações nucleares subterrâneas, apoiada por ataques aéreos dos quais Israel queria que os Estados Unidos também participassem.

O plano original foi arquivado depois que ficou claro que a operação, que envolveria forças de comando, só poderia estar pronta em outubro. Netanyahu recorreu, então, a um plano alternativo baseado apenas em ataques aéreos, mas que ainda exigia assistência americana. O Conselheiro de Segurança Nacional Mike Walz e o Comandante Geral do CENTCOM Mike Korilla tenderam a apoiar a proposta israelense e, portanto, mais forças americanas foram transferidas para a região.

Por outro lado, a Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, apresentou uma avaliação de inteligência em uma reunião na Casa Branca de que o aumento de forças americanas na região poderia desencadear uma guerra generalizada na qual os Estados Unidos não estão interessados. O secretário de Defesa Pete Hasseth, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wills, e o vice-presidente J.D. Vance também aderiram à posição contra o ataque.

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Durante sua recente visita a Israel, o General Korilla informou aos israelenses que o presidente Trump queria suspender os planos de ataque e dar uma oportunidade para negociações. Netanyahu ligou para Trump em 3 de abril, mas o presidente americano disse que não queria discutir o assunto por telefone e convidou Netanyahu para a Casa Branca. Em uma conversa entre os dois, Trump disse a Netanyahu que os EUA não dariam assistência a um ataque israelense e, no mesmo encontro, também anunciou publicamente a abertura de negociações com o Irã.

Também foi relatado, ontem à noite, que a segunda rodada de negociações entre o Irã e os Estados Unidos será realizada no próximo sábado em Roma e incluirá mediadores de Omã. Sobre a rodada anterior de negociações, que ocorreu na capital de Omã, Mascate, no último sábado, a Casa Branca disse: “As negociações foram positivas e construtivas”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Kan,
Fotos: Gage Skidmore (Flickr) – Trump, Wikimedia Commons – Netanyahu e Canva

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