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Três reféns seriam libertados no primeiro dia do acordo

Os termos de um acordo de cessar-fogo que prevê a libertação de três reféns no primeiro dia de sua implementação e de outros quatro na semana seguinte, teriam sido finalizados, disse uma autoridade palestina à BBC, na segunda-feira à noite.

O oficial palestino disse que após a libertação dos primeiros reféns da organização terrorista, as FDI iniciariam a retirada de seus soldados de áreas povoadas. Após a libertação dos outros quatro reféns, Israel permitiria que os palestinos deslocados para o sul do enclave voltassem para o norte.

Em troca, Israel teria concordado em libertar 1.000 prisioneiros palestinos, incluindo 190 que estão cumprindo penas há mais de uma década. O Hamas libertará 34 reféns “humanitários”, ou seja, crianças, mulheres, soldados, idosos e doentes. Israel acredita que a maioria esteja viva.

Dentro do acordo, as forças israelenses ainda terão disposições para permanecer e manter uma zona de proteção de 800 metros na rota Filadélfia, ao longo das fronteiras leste e norte, por quase um mês e meio

As negociações para a segunda e terceira fases do acordo começariam no 16º dia do cessar-fogo, ainda durante a primeira fase do acordo. As negociações incluirão uma segunda etapa para libertar os reféns restantes – soldados do sexo masculino e homens em idade militar – e os corpos dos reféns mortos, disseram as autoridades.

Pouco antes de a reportagem da BBC ser divulgada, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse: “Estamos prestes a concretizar a proposta que apresentei em detalhes meses atrás”.

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Uma autoridade israelense disse, na segunda-feira à noite, que Jerusalém não devolveria o corpo de Yahya Sinwar, o arquiteto da invasão do Hamas em 7 de outubro, que foi morto por tropas israelenses em Rafah em outubro. O veículo saudita Al-Hadath publicou uma reportagem, não confirmada, de que o Hamas estava exigindo o corpo de seu antigo líder no primeiro estágio do acordo. “Isso não vai acontecer. Ponto final”, disse a autoridade israelense em uma declaração.

As autoridades disseram que as tropas da FDI permaneceriam em uma nova zona-tampão dentro de Gaza para defender melhor as comunidades israelenses na fronteira. Israel não se retirará completamente de Gaza até que os objetivos da guerra sejam alcançados, entre eles o retorno de todos os reféns, disseram elas.

Segundo a Reuters outra rodada de negociações será realizada em Doha, nesta terça-feira, para finalizar os detalhes restantes do acordo.

O fórum “Escolhendo a Vida”, de famílias enlutadas e vítimas do terrorismo, pediu aos ministros Ben Gvir e Bezalel Smotrich que interrompessem o acordo de reféns com o Hamas, mesmo que isso custasse a queda do governo.

O fórum escreveu uma carta dizendo que “o acordo emergente é uma falência moral e de segurança. É uma rendição completa ao Hamas, que levará ao fortalecimento do terrorismo e colocará em risco a segurança dos civis israelenses. Um governo que aprova tal acordo é indigno de continuar a governar”.

As famílias enfatizaram que algumas delas perderam seus entes queridos como resultado direto da libertação de terroristas em acordos anteriores, como o acordo Shalit, onde terroristas, mesmo aqueles sem sangue nas mãos, retornaram ao terrorismo e causaram mais perdas de vidas. “Agora, estamos enfrentando uma realidade em que o terrorismo está vencendo novamente, enquanto o sangue dos caídos está sendo negligenciado”.

“A libertação de terroristas, mesmo que não sejam terroristas ‘Nukhba’, envia uma mensagem perigosa e encoraja o terrorismo futuro. O governo deve mostrar coragem e rejeitar esse acordo”, acrescentou o fórum.

As famílias concluíram: “Este é um chamado moral, ético e nacional. Não devemos nos render ao terrorismo. A responsabilidade é sua”.

O parlamentar Tzvi Sukkot disse ao Arutz Sheva que “não há chance alguma de concordarmos com algo que traga Israel de volta a 6 de outubro e, em nosso entendimento, é isso que esse acordo faz”.

As famílias dos reféns do Fórum Tikva realizaram uma coletiva de imprensa na Knesset, na noite de ontem, criticando o acordo e exigindo que ele incluísse a libertação de todos os reféns juntos.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post, The Times of Israel e Israel National News
Foto: Revista Bras.il

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