Três reféns são mortos por engano pelas FDI em Gaza
Durante as batalhas na Faixa de Gaza, as tropas israelenses identificaram por engano três reféns israelenses como terroristas do Hamas e abriram fogo contra eles, disse o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, na sexta-feira.
As vítimas foram identificadas como Yotam Haim, sequestrado do Kibutz Kfar Aza, Samer Talalka, do Kibutz Nir Am e o terceiro refém foi identificado mais tarde como o residente do Kibutz Kfar Aza, Alon Lulu Shamriz. Todos foram sequestrados no dia 7 de outubro.
Os três reféns mortos a tiros por tropas israelenses no bairro de Shejaiya, na cidade de Gaza, na sexta-feira, estavam sem camisa e um deles carregava uma vara com uma bandeira branca improvisada, disseram as FDI no sábado, após uma investigação inicial sobre o trágico incidente.
Yotam Haim, Samar Talalka e Alon Lulu Shamriz conseguiram escapar do cativeiro do Hamas antes de serem mortos por engano pelas tropas na manhã de sexta-feira, por volta de 10h
De acordo com um oficial superior do Comando Sul, citando uma investigação inicial, o incidente começou depois que um soldado do 17º Batalhão da Brigada Bislamach fazendo guarda ter identificado três figuras suspeitas saindo de um edifício a algumas dezenas de metros de distância.
O soldado, que acreditava que os homens se aproximavam numa tentativa do Hamas de atrair os soldados das FDI para uma armadilha, imediatamente abriu fogo e gritou “terroristas!” para as outras forças.
LEIA TAMBÉM
- 15/12/2022 – “Pressionar o Hamas não vai adiantar”, diz presidente da CICV
- 11/12/2023 – Família de reféns pedem novo acordo de libertação
- 02/12/2023 – Seis reféns morrem no cativeiro
Segundo a investigação, aquele soldado matou dois dos homens, enquanto o terceiro, atingido e ferido, fugiu para o prédio de onde veio.
Nessa altura, o comandante do batalhão, que também se encontrava no edifício de onde o soldado tinha disparado, saiu e apelou às forças para pararem de disparar.
Enquanto isso, sons de alguém, aparentemente o terceiro refém, gritando “Socorro” em hebraico foram ouvidos pelas tropas na área.
Momentos depois, o terceiro homem saiu do prédio para onde havia fugido e outro soldado abriu fogo contra ele, matando-o.
O comandante do batalhão percebeu então que a aparência do terceiro homem era incomum e foi revelado que ele era um refém israelense. Os três corpos foram levados a Israel para identificação.
O soldado que abriu fogo ao identificar os três homens o fez contrariando os protocolos, assim como o soldado que matou o terceiro homem, segundo o oficial.
Ainda assim, as FDI entenderam que as condições no terreno levaram os soldados a agir dessa forma. O oficial superior disse que os militares não identificaram nenhum civil palestino em Shejaiya nos últimos dias.
Imediatamente após o incidente, as FDI enviaram novos protocolos às tropas terrestres para a possibilidade de mais reféns conseguirem fugir do cativeiro.
“Existe a possibilidade de os reféns terem sido abandonados ou terem escapado, e as forças devem estar cientes da possibilidade de tal encontro e prestar atenção aos sinais reveladores, como falar em hebraico, levantar as mãos e observar as roupas”, dizem os novos protocolos.
Shejaiya, no norte de Gaza, é vista como um reduto-chave do Hamas, base de algumas das suas forças de elite e das fortificações mais pesadas. A área onde os reféns foram mortos ficava perto do local de uma batalha mortal na quarta-feira, onde nove soldados, incluindo dois comandantes seniores, foram mortos.
As FDI também encontraram vários civis aparentemente desarmados em Shejaiya, que se revelaram serem homens-bomba do Hamas.
Também houve várias tentativas por parte de homens do Hamas na área de atrair soldados para uma emboscada.
Os militares disseram que os soldados que mataram os reféns por engano estavam recebendo cuidados psicológicos.
Os reféns mortos, Yotam Haim, 28 anos, era baterista da banda de heavy metal Persephore. Ele foi visto pela última vez em um vídeo que fez na manhã de 7 de outubro, mostrando-se na porta da frente de sua casa em Kfar Aza, antes de ser sequestrado para Gaza.
Samar Talalka, de 22 anos, de Hura, trabalhava no galinheiro do Kibutz Nir Am, onde frequentemente fazia os turnos de fim de semana, quando os terroristas invadiram o kibutz.
Alon Lulu Shamriz, 26 anos, era estudante de engenharia da computação, foi sequestrado de sua casa no Kibutz Kfar Aza em 7 de outubro.
Segundo os líderes do grupo das famílias dos reféns, a morte dos três sequestrados em Gaza exige ação imediata, de qualquer forma, para resgatar vivos os demais reféns.
O grupo afirmou que os sequestrados que regressaram apelarão a um plano israelense para libertar os reféns, “antes que seja tarde demais”.
Reféns que foram libertados há duas semanas falarão esta noite na Praça dos Sequestrados, em Tel Aviv.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Time of Israel, i24NEWS e Ze Ma Yesh
Foto: Cortesia
O que tá acontecendo com o exército de Israel? Primeiro dá bobeira e deixa a fronteira desguarnecida favorecendo aquela invasão maldita e assassina, agora mata os próprios irmãos num chamado fogo amigo. O que dizer agora pra os parentes desses pobres homens que ainda tinham esperança? Meu Deus!! Muito triste!💔
Se vc nunca lutou numa guerra, não ouse criticar.