Três israelenses assassinados na travessia Allenby
Três pessoas foram assassinadas em um ataque a tiros na travessia Allenby, na fronteira entre Israel e Jordânia, na manhã deste domingo.
Equipes médicas foram convocadas para o local, assim com dois helicópteros, mas os três homens de cerca de 60 anos foram declarados mortos pelos paramédicos do Magen David Adom (MDA), devido à gravidade dos ferimentos de bala.
A travessia de Allenby é usada por caminhões que transportam ajuda humanitária da Jordânia a caminho de Gaza.
De acordo com a investigação preliminar, um motorista de caminhão que veio do lado jordaniano com uma arma de fogo, chegou na frente dos trabalhadores israelenses no cruzamento, sacou a arma e começou a atirar e matou os três à queima-roupa, antes de ser morto por um segurança.
Após o ataque, a Autoridade Aeroportuária de Israel informou que todas as passagens terrestres com a Jordânia foram fechadas até novo aviso. Além do fechamento da travessia da Ponte Allenby, a IAA diz que a travessia de Rabin perto de Eilat e a travessia do Rio Jordão perto de Beit She’an estão fechadas a pedido das autoridades de segurança.
As vítimas foram identificadas como Yuri Birnbaum, Yohanan Shchori, Adrian Marcelo Podsmeser.
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Shchori era pai de seis filhos e vivia no assentamento de Ma’ale Ephraim, na região da Samaria, pelos últimos 30 anos. Ele trabalhava como gerente no depósito de carga na travessia Allenby-King Hussein.
Quando a guerra estourou em outubro, ele foi recrutado para as reservas das FDI e se juntou à equipe de segurança do assentamento. “Ele realizou todas as missões que lhe foram atribuídas com um senso de propósito e comprometimento com a segurança dos colonos”, disse o conselho local. “Lamentamos seu assassinato e enviamos condolências à sua família”.
Birnbaum também trabalhava no depósito de carga da travessia da fronteira. Ele imigrou para Israel na década de 1990 e viveu no assentamento de Na’ama, também na região da Samaria e Judeia. Ele era pai de três filhos e perdeu a esposa há 10 anos.
Adrian Marcelo Podmesser, de 57 anos, morador de Ariel, era argentino e imigrou para Israel em 2003. Ele deixa esposa e quatro filhos.
Imagens do ataque mostram um homem atirando, enquanto outro é ouvido gritando, em árabe, “ele tem uma arma. Ele está atirando em judeus”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o ataque foi um ato de um “terrorista desprezível que assassinou três de nossos cidadãos a sangue frio”. Falando no início da reunião semanal do gabinete, Netanyahu disse que estava enviando suas condolências às famílias das vítimas.
“Estamos cercados por uma ideologia assassina liderada pelo Irã”, disse o primeiro-ministro. “Os assassinos querem matar todos nós, sem diferenciar entre visões de esquerda ou direita, religiosas ou seculares, judeus ou não judeus”.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, pediu a Netanyahu que aplicasse na Samaria as mesmas táticas militares usadas na guerra em Gaza.
A Jihad Islâmica disse que o ataque foi realizado por um dos “heróis jordanianos” e foi um ato heroico. “É uma expressão verdadeira do pulso do povo jordaniano e das nações árabes e muçulmanas, e a única resposta que a administração americana, que é cúmplice da entidade criminosa, pode entender”.
O Hamas também emitiu uma declaração alegando que o ataque foi uma afirmação da rejeição das nações árabes “à ocupação, seus crimes e suas ambições na Palestina e na Jordânia”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet e The Times of Israel
Fotos: Cortesia