“Todos terão que responder, inclusive eu”, diz Netanyahu
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu admitiu pela primeira vez que terá de responder pelo fracasso militar ocorrido em 7 de outubro, quando o Hamas apanhou as FDI de surpresa e invadiu o sul de Israel, assassinando mais de 1.400 pessoas.
“Essa falha terá que ser investigada até o último grau. Todos terão que dar respostas”, disse ele. “Inclusive eu”.
A admissão ocorreu no 19º dia de guerra, depois de o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e outros altos escalões militares já terem admitido um dos maiores fiasco militares desde a criação do Estado.
“Cidadãos de Israel, o dia 7 de outubro foi um dia negro na nossa história”, mas a questão da responsabilização só poderá ocorrer depois do fim da guerra, disse Netanyahu. “Todos terão que dar respostas, inclusive eu.”
“Como primeiro-ministro, sou responsável por garantir o futuro do país e agora o meu papel é liderar o Estado de Israel e o povo a uma vitória esmagadora sobre os nossos inimigos.
“Agora é a hora de unir forças em prol de um objetivo: avançar rumo à vitória”, disse Netanyahu.
O governo de Israel estabelecerá dias oficiais de luto em todo o país, em lembrança ao massacre de 7 de outubro, anunciou também Netanyahu na noite de quarta-feira.
LEIA TAMBÉM
- 25/10/2023 – “Reféns serão liberados se Israel parar de atacar”
- 25/10/2023 – Técnico de futebol lamenta apatia pelas atrocidades do Hamas
- 25/10/2023 – “Peça combustível ao Hamas”, dizem militares à ONU
Netanyahu falou durante um discurso público no qual prometeu uma campanha terrestre das FDI para expulsar o Hamas de Gaza. Ele, no entanto, não deu uma data de início. No início do dia, o Wall Street Journal informou que os EUA pressionaram Israel para adiar uma campanha terrestre em Gaza.
“Estamos nos preparando para a entrada terrestre. Não vou detalhar quando, como e quanto, nem o conjunto de considerações que levamos em conta, a grande maioria das quais não são de todo conhecidas do público, e deveriam ser”, disse Netanyahu.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse a repórteres em Washington que havia apontado a Netanyahu a sabedoria de adiar uma invasão terrestre para ver se conseguiria primeiro garantir a libertação dos reféns.
“Eu indiquei que se for possível retirar as pessoas com segurança, é isso que ele deveria fazer”, disse Biden.
Em Israel, Netanyahu sublinhou no seu discurso público que “estamos no meio de uma batalha pela nossa existência”. Netanyahu falou depois que o gabinete de segurança se reuniu no 19º dia de guerra, quando a questão de uma campanha terrestre lentamente se tornou mais uma questão de não quando, mas se.
A guerra tem dois objetivos, disse Netanyahu.
A primeira é “eliminar o Hamas, destruindo as suas capacidades militares e governamentais, e fazer todo o possível para devolver os nossos cativos para casa”, enfatizou.
Biden também disse que “não tinha noção” de que os palestinos estavam dizendo a verdade sobre quantos foram mortos. “Tenho certeza de que inocentes foram mortos e esse é o preço de travar uma guerra”.
O Ministro da Defesa Yoav Gallant, o Ministro Benny Gantz, o Gabinete de Segurança, o Chefe do Estado-Maior das FDI e os chefes dos órgãos da defesa trabalham ininterruptamente para organizar uma campanha militar vitoriosa, disse ele.
“Fazemos isso sem considerações políticas. O que está diante dos nossos olhos é apenas uma coisa, salvar o país, alcançar a vitória”, disse Netanyahu.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Captura de tela (GPO)
Pesso ao criador, que dê sabedoria ao ministro Benjamin Netanyahu nesses momentos decisivos, e que o Eterno guarde todo o exercício de Israel, é a todo seu povo🇮🇱🩵🤍🇮🇱🩵🤍🇮🇱💚💛🇧🇷