Testes da droga israelense contra o COVID avançam
Os testes da droga israelense contra o coronavírus (EXO-CD24) passaram com sucesso a fase experimental que aconteceu na Grécia.
Os testes do medicamento desenvolvido pelo professor Nadir Arber, do Centro Médico Ichilov, de Tel Aviv, estão chegando ao fim e agora será examinado em 60 pacientes graves de Covid-19 em Israel, informou ontem à noite a TV Kan.
O relatório detalhou que “o remédio, desenvolvido pelo pesquisador de câncer e diretor do Centro de Prevenção Integrada contra o Câncer do Hospital Ichilov foi fornecido a pacientes em Israel e apresentou resultados surpreendentes, curando a maioria”.
Os testes realizados na Grécia envolveram 90 pacientes com coronavírus, todos gravemente enfermos. “Os primeiros resultados são semelhantes aos que foram realizados em Israel. Hoje é correto apontar que mais de 93% dos pacientes gravemente enfermos que receberam o medicamento tiveram alta cinco dias depois”, destacou a reportagem da Kan.
No auge da pandemia em Israel, o Dr. Arber testou o tratamento com pacientes com coronavírus graves. É importante destacar que o medicamento possui 25 anos de pesquisas para o tratamento do câncer.
“Uma das complicações do coronavírus é que o sistema imunológico fica louco de repente e ocorre o que é chamado de tempestade de citocinas. Estamos apenas aplicando a droga nesta fase e retornando o sistema imunológico ao seu estado básico com a molécula biológica CD24 que existe naturalmente no corpo e é responsável por regular o sistema imunológico”.
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“Quando as células cancerosas começam a se espalhar, elas usam essa molécula e a ‘disfarçam’ para que o corpo reconheça erroneamente o câncer como uma molécula amigável e não o combata”, disse ele. “O CD24 é injetado nos pulmões por inalação para melhorar sua função imediata, assim como a condição do paciente”, explicou ele.
Há meio ano, o Ministério da Saúde de Israel autorizou o Hospital Ichilov a realizar os ensaios clínicos das fases 2 e 3, informou o site da Associação Médica de Saúde Pública de Israel.
Em fevereiro, a agência de notícias AJN informou que a “nova droga” produzida no Hospital Ichilov conseguiu curar 95% dos pacientes a quem foi fornecida.
A abordagem impressionou o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, que decidiu iniciar e patrocinar o experimento na Grécia.
Desde então, o Ichilov se associou a uma empresa farmacêutica israelense para avançar no processo de teste.
Dr. Arber enfatizou que não estava envolvido na condução do ensaio, que foi conduzido por médicos gregos e supervisionado pelo Dr. Sotiris Tsiodras, o coordenador nacional do coronavírus para a Grécia.
“A fase 1 da pesquisa do medicamento contra o coronavírus foi concluída. 29 de 30 pacientes em estado moderado ou grave que receberam a medicação receberam alta após três a cinco dias”, diz um comunicado emitido pelo Hospital Ichilov.
“Este é EXO-CD24, uma fórmula inovadora baseada em exossomos enriquecidos com CD24, administrado por aspiração direta nos pulmões para erradicar a tempestade de citocinas produzida como resultado da infecção por Covid-19”, detalhou o comunicado.
O COVID-19 apresenta dois estágios principais da doença. A primeira é semelhante à da gripe e não requer tratamento específico, mas apenas direcionada aos sintomas. A segunda fase ocorre em 5 a 7% dos pacientes, geralmente em grupos de risco e é caracterizada por um sistema imunológico hiperativo.
Arber reconheceu que não é possível tirar conclusões firmes até que o estudo seja seguido por testes que envolvam um grupo com alguns pacientes recebendo um placebo para comparação.
Arber acha que a grande vantagem de sua droga sobre os esteroides, que agora são comumente administrados a pacientes com coronavírus, é que ela não afeta o sistema imunológico como um todo, mas adota uma abordagem de “precisão”.
“Não estamos suprimindo ou alterando o sistema imunológico, mas sim restaurando-o à normalidade, controlando o aspecto do sistema que causa a tempestade de citocinas, a reação exagerada do sistema imunológico que muitas vezes é a causa da doença COVID grave”, disse ele.
Fontes: The Times of Israel e AJN
Foto: Canva
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