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Terroristas do Hamas foram sádicos

Por David S. Moran

A Associação dos Centros de Assistência às Vítimas de Violências Sexuais durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, publicou (21/02) seu relatório que será entregue na próxima semana à ONU. O relatório, difícil de ser lido, é baseado nos testemunhos de sobreviventes, socorristas, forças da Segurança, médicos e salvamento e pessoas que trataram dos corpos.

Apurou-se que as violências sexuais ocorreram em todos locais que foram invadidos em Israel: no festival de música Nova, em Reim, nos kibutzim, comunidades no sul, em bases militares atacadas e no cativeiro. A selvageria foi de violentar coletivamente jovens, mulheres e homens, sob a ameaça de armas e na frente de familiares das pessoas subjugadas. Queriam amedrontar e humilhar. Os terroristas castraram, mutilaram órgãos genitais e assassinaram as vítimas na frente de outros parentes. Depois colocaram explosivos dentro dos corpos, para que explodissem quando o Exército os encontrasse.

Muitas vítimas se calaram, pela vergonha que tinham com o que lhes fizeram, principalmente os homens que foram abusados. Por este mesmo motivo, as forças do Serviço Funerário (que são judeus religiosos) evitaram falar sobre as atrocidades cometidas.

Não se tratou de algum equívoco, ou fatos esporádicos, foi uma estratégia planejada e clara de violência sexual sistemática, deliberada e extremamente cruel. Este é o primeiro relatório oficial e o antecederam dois relatórios, o do New York Times e da organização israelense Médicos pelos Direitos Humanos. Apesar disso organizações femininas do mundo, não se manifestaram. Também a UN Women quanto o Secretário Geral da ONU, António Guterres levaram dois meses e meio para condenar a selvageria dos terroristas do Hamas.

Carta aberta ao presidente do Brasil, Lula da Silva

Sr. Presidente Lula

Com grande pesar, li o discurso proferido por você na Conferência da União Africana, em Adis Abeba. A sua agenda pró-palestina é conhecida e lamentada. Qualquer pessoa tem que estudar o assunto sobre o que fala, principalmente quando é chefe de governo. O senhor não aprendeu e não quer aprender. Mesmo quando veio para esta região, em 2010, você foi ao túmulo do Arafat e recusou-se a fazer o mesmo no túmulo do “pai do Sionismo moderno”, Theodor Herzl.

No teu discurso, você acusa Israel de cometer um genocídio. Diz: “não é uma guerra de soldados contra soldados, é guerra entre exército contra mulheres e crianças. O que acontece em Gaza ao povo palestino, não ocorreu em nenhuma outra época na história. De fato, ocorreu antes, quando Hitler decidiu matar os judeus”.

Quanta ignorância e maldade. Nada se compara a época do nazismo e seu desejo de exterminar o povo judeu. Ninguém pode acusar os judeus de tentar fazer o mesmo com nenhum outro povo. O Estado de Israel, que é milenar, da época dos eventos bíblicos, ressurgiu com o Sionismo moderno no final do século XIX. Judeus que foram perseguidos nos países onde viviam poderiam optar e ir viver num Estado Judeu independente, que é o Estado de Israel.

Esta guerra que, infelizmente, ora se trava, foi imposta a Israel pela organização terrorista Hamas, que até mesmo o Sr. Presidente chamou de ataque terrorista. Os terroristas do Hamas assassinaram a sangue frio mais de 1.200 pessoas em poucas horas. Decapitaram cabeças de bebês inocentes, estupraram garotas e mulheres e sequestraram cerca de 350 israelenses e corpos de pessoas assassinadas por crueldade. Destruíram e queimaram casas nos kibutzim e moshavim invadidos.

As Forças de Defesa de Israel (FDI, ou Tzahal, em hebraico, a língua bíblica) não revidaram imediatamente. Sabendo que os covardes terroristas do Hamas construíram suas bases em lugares onde vivem civis e que se escondem para se proteger atrás de civis, as FDI não revidaram imediatamente. Durante mais de duas semanas, avisaram a população civil do norte da Faixa de Gaza para sair de suas casas e ir ao sul. Lançaram panfletos, ligaram a dezenas de milhares de chefes de famílias e avisaram através das estações de rádio. Deram tempo para que os civis não fossem atingidos.

Israel tinha que reagir. Anos a fio, os terroristas do Hamas atiram contra as comunidades israelenses e na maioria das vezes, Tsahal não reage para não botar mais lenha no fogo. Muito pelo contrário. Israel permite a dezenas de milhares de palestinos de Gaza virem trabalhar em Israel e melhorar suas condições de vida. O salário em Israel é seis vezes maior do que em Gaza. Israel permite que o Catar entre com 30 milhões de dólares mensais e distribua-os aos necessitados. Boa parte da eletricidade e do gás em Gaza vem de Israel.  O país-irmão árabe, o Egito, a quem Gaza pertencia até 1967, não quer nada com os “irmãos” palestinos. Fechou a fronteira. Só permite a entrada de produtos e armamento através dos túneis, que passam de um lado da fronteira ao outro, mediante pagamento de propinas.

Israel combate os terroristas do Hamas e está decidido a terminar o seu regime clerical de islamismo fundamentalista, que até o Egito e a Jordânia temem. O presidente egípcio, Abed el Fatah a Sisi, foi eleito (2013) após derrubar o regime da Irmandade Muçulmana = Hamas. O Ministro das Relações Exteriores do Egito, Samech Shoukry, na Conferência de Segurança em Munique respondeu à pergunta (18/2): “Hamas está fora do consenso palestino, que reconhece o Estado de Israel, porque apoia a violência e o terror. Deve se investigar como o Hamas foi fortalecido em Gaza e porque lhe financiam a crescente divisão com os Palestinos pacíficos”. Isto diz o Ministro do Exterior do maior país árabe, o Egito.

Por razão desconhecida, o presidente se esquece do ataque selvagem que os terroristas palestinos do Hamas investiram contra Israel, num sábado (7/10) as 6:30h da manhã. Israel tem, como todo país, o direito de autodefesa e o executou depois de três semanas de avisos. O Brasil concentrou tropas militares temendo que o conflito entre a ditadura da Venezuela e a Guiana alcançasse o território nacional.

O Hamas governa a Faixa de Gaza, isto não o impede de violar as normas internacionais e até o dia de hoje, nenhum representante da Cruz Vermelha Internacional viu os reféns israelenses. Para piorar as coisas, Israel permitiu a entrada de muitas toneladas de remédios a Gaza, com o pedido de que os reféns recebessem os remédios que consumiam diariamente. Isto não foi feito. No Hospital Nasser em Khan Yunes, tropas israelenses encontraram os pacotes enviados aos israelenses fechados, que não foram entregues.

Antes de falar e deturpar a História, o Sr. Presidente devia estudá-la. Nada se compara à época do Holocausto. Em Israel, 20% da população é árabe-israelense, que progride e está integrada ao resto do país. Israel é o único país onde a população cristã cresceu, enquanto nos países árabes da região, eles estão em fuga devido às perseguições.

Os livros nas escolas da UNRWA ensinam o racismo, o ódio aos israelenses a aos judeus. Tem que haver mudança. É por isso que 17 países decidiram parar suas contribuições a esta agência da ONU. O governo brasileiro devia empregar o dinheiro para melhorar o nível de vida dos brasileiros. O Catar, patrono do Hamas e outras organizações terroristas contribui com apenas 18 milhões de dólares à UNRWA. Só no Paris Saint Germain perdeu 515 Milhões de dólares com a compra e venda de craques como Neymar e outros. Ronaldo, na Arábia Saudita tem salário equivalente ao de 40.000 trabalhadores de Gaza. Isto demonstra as preferências dos “irmãos árabes”.

Os israelenses gostam muito do Brasil, de sua cultura, de sua gente e de suas músicas, mas como disse o líder da oposição, deputado Yair Lapid: “sua fala foi vergonhosa e demonstra ignorância e antissemitismo”. Ou será que há outro motivo que desconhecemos. Ainda é tempo de estudar e conhecer a história. Errar é humano. Os israelenses e os brasileiros em Israel querem ter boas relações com o Brasil e não que o atual presidente do Brasil seja como disse o Ministro do Exterior, Israel Katz: “pessoa não grata no país, até que se desculpe pelo que disse”.

Atenciosamente,
David S. Moran, Herzliya, Israel

O Egito teme invasão de gazenses ao Sinai

A Faixa de Gaza pertencia ao Egito até a Guerra dos Seis Dias (1967), que deu graças a Deus por se livrar deste mal. A cidade de Rafah, que está junto a fronteira do Egito com Gaza, foi dividida e famílias inteiras foram separadas pela insistência do presidente Sadat de receber todo o território egípcio, sem a Faixa de Gaza.

Desde a tomada do poder do Hamas na Faixa de Gaza (2006), esta organização construiu muitos túneis para atravessar ilegalmente de um lado ao outro. Muitos produtos e material bélico entraram por estes túneis do Egito à Faixa de Gaza, por “colaboração” do suborno pago aos egípcios. Quando Israel ainda mantinha a Faixa de Gaza (se retirou em 2005) construiu uma faixa tampão que separava o Egito de Gaza, que tornou a se chamar o Eixo Filadelfia. Para passar legalmente de Gaza para o Egito e vice versa, havia a passagem Rafah. Agora, Israel quer terminar com o domínio do Hamas na Faixa de Gaza e quer entrar na cidade de Rafah. Também construiria uma barragem contra os túneis, pois quando evacuar a área não terá como certificar-se de que armamentos não passam do Egito à Gaza.

O presidente egípcio, Abdel Fatah a Sisi alertou Israel de não entrar com o exército em Rafah, pois a região atualmente comporta centenas de milhares de refugiados do norte de Gaza. Ao mesmo tempo, o Egito aumentou a altitude da muralha que o separa de Gaza e também está preparando uma área de 10 km² cercada por muralhas para acolher, se for necessário, os palestinos de Gaza que conseguirem invadir o seu território.

Impressionante como há falta de ajuda mútua entre os árabes. Israel sempre acolheu judeus que queriam emigrar ao país. Quando a URSS abriu as portas, na década de 90, cerca de um milhão judeus russos emigraram para Israel e foram acolhidos e estão integrados a sociedade.

Biden fala em estado palestino, Israel se opõe

As negociações para o término desta guerra, entre Israel e o Hamas, começam a gerar discórdias entre os aliados. Cada parte tem seus interesses e olha para as próximas eleições. O presidente Biden, pelo visto perderia para o Trump (que ainda não foi eleito, seu competidor) e por isso tenta atrair a comunidade muçulmana para seu lado. Os Estados Unidos estão dispostos a reconhecer unilateralmente o Estado Palestino (em quais fronteiras?). A posição de Israel é contra, pois seria interpretado como dar lhes prêmio pelo ato violento que cometeram. Na quarta-feira (21/02) foi votada na Knesset a proposição sobre o Estado Palestino. 99 deputados foram contra, 9 a favor e 2 abstenções. Netanyahu é acusado de ser levado pelos extremistas Ben-Gvir e Smotrich. O presidente Biden, já está farto das manobras de Netanyahu e o xingou. Mesmo assim Biden continua a fornecer o material bélico que as FDI necessitam e também usa o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, nas votações contra Israel.

Ao mesmo tempo, os EUA, o Egito e o Catar continuam as negociações para a libertação dos reféns israelenses do Hamas. Israel não participa pois não vê disposição do Hamas nas negociações. Os três países gostariam de ter sucesso nas negociações, antes mesmo do Ramadã, que será comemorado durante um mês, dentro de três semanas. Para tal, chegou ao Cairo o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh e o vice do Yahya Sinwar, Khalil al Haia. Eles querem evitar a entrada das forças israelenses em Rafah, enquanto que o Hamas quer milhares de terroristas livres das prisões, inclusive os que assassinaram israelenses. Eles não fornecem nenhuma informação sobre os reféns israelenses, que como já é conhecido não tiveram encontro com a Cruz Vermelha e nem lhes foram entregues os remédios que necessitam.

Há rumores de que Sinwar está com tuberculose, mas ele continua fugindo nos túneis da Faixa de Gaza e acredita-se que leva consigo, como escudo, os reféns israelenses.

Por outro lado, a guerra de desgaste entre a Hizballah e Israel, na fronteira libanesa continua. Hizballah lança misseis antitanques e alveja residências nas cidades vizinhas e Israel revida. O Washington Post revelou que a liderança iraniana está preocupada para que esta guerra não se alastre e alcance todo o Líbano. Instruiu a Hizballah para controlar o fogo e não por em perigo “as valorosas conquistas” que a Hizballah conseguiu.

Foto: Kobi Gideon (GPO)

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