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Terroristas atacam igrejas e sinagoga, na Rússia

Homens armados abriram fogo contra uma sinagoga e uma igreja ortodoxa, na cidade de Derbent, região do Daguestão, no norte do Cáucaso, na Rússia, neste domingo, matando 15 policiais, um guarda de segurança e um padre e deixando 13 pessoas feridas.

A sinagoga de Darbent foi incendiada e um clipe do local nas redes sociais mostrava chamas saindo do prédio.

O Daguestão é uma região predominantemente muçulmana, vizinha da Chechênia. A cidade de Darbent, no Mar Cáspio está listada como Patrimônio Mundial da UNESCO.

Em outro ataque, que ocorreu simultaneamente, um grupo atirou contra a polícia em Makhachkala, capital do Daguestão, localizada a cerca de 120 km a norte, ao longo da costa do Mar Cáspio. Segundo as autoridades locais, pelo menos um policial foi morto e outros seis ficaram feridos.

Acredita-se que o ataque tenha sido realizado pelo ISIS, de acordo com o site de notícias N12 de Israel e relatos da comunidade judaica local.

Cinco dos homens armados que estavam entre os agressores foram mortos, informou a Reuters na manhã de segunda-feira, citando agências de notícias russas.

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Os homens armados fugiram do local em um Volkswagen Polo branco com placa 921, disseram agências de notícias russas segundo o Ministério do Interior.

O Ministério do Exterior de Israel confirmou que em Makhachkala, atiradores atiraram contra dois guardas da sinagoga que estavam dentro do carro e depois entraram no salão da sinagoga. No momento do tiroteio, os fiéis não estavam presentes.

O Rabino-Chefe da Rússia, Berel Lazar, disse à Rádio Kol Barama, no domingo à noite, que “não houve vítimas nas sinagogas. A sinagoga em Derbent foi severamente danificada e em Makhachkala, eles mataram o guarda, mas nenhum dano ocorreu aos membros da comunidade. Isto é verdadeiramente um milagre, pois estas são sinagogas ativas”.

O exilado Rabino-Chefe de Moscou, Rabino Pinchas Goldschmidt, comentou no X, “ouvimos com grande preocupação os acontecimentos no Daguestão e oramos pelo bem-estar de todos os habitantes afetados por este ataque terrorista, incluindo membros das comunidades judaica e ortodoxa russa”.

Um padre de 66 anos foi morto em Derbent, disse o secretário de imprensa do Ministério do Interior do Daguestão, disse Gariyeva à agência. A emissora RGVK do Daguestão identificou o padre como Nikolai Kotelnikov, dizendo que ele serviu por mais de 40 anos em Derbent.

No ano passado, uma multidão invadiu o aeroporto do Daguestão, no que foi descrito como uma tentativa de pogrom contra viajantes judeus que desembarcavam de Israel .

A Rússia também tem estado em alerta máximo, uma vez que o ISIS aumentou o número de tentativas de ataques em solo russo. Em abril, a Rússia afirmou ter frustrado com sucesso um ataque a uma sinagoga de Moscou.

Também em abril, Moscou foi palco de um violento ataque na sala de concertos Crocus City Hall, onde 145 pessoas foram mortas por terroristas do ISIS.

A mídia estatal russa, citando as autoridades policiais, disse que entre os agressores estavam dois filhos do chefe do distrito central de Sergokala, no Daguestão, que teriam sido detidos por investigadores.

O líder do Daguestão, Sergei Melikov, escreveu no Telegram: “Esta noite, em Derbent e Makhachkala, desconhecidos fizeram tentativas de desestabilizar a situação na sociedade. Melikov disse que entre os mortos, além dos policiais e do padre, estavam vários civis.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelos ataques na região. “Sabemos quem está por trás da organização dos ataques terroristas e qual o objetivo que perseguem”, disse Melikov, sem revelar mais detalhes.

A região foi atingida, recentemente, por duas guerras brutais, primeiro entre 1994 e 1996 e depois em 1999 e 2000, que se espalhou pela vizinha Chechênia, com as forças de segurança russas tendo que agir agressivamente para combater os extremistas na região.

Após a derrota dos insurgentes chechenos, as autoridades russas estiveram envolvidas num conflito com terroristas islâmicos de todo o Norte do Cáucaso, que deixou dezenas de civis e polícias mortos.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post, The Guardian e France 24
Fotos: Wikimedia Commons e Comunidade judaica local

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