Terça-feira, acabam as restrições nos locais de trabalho
O Gabinete Corona decidiu que, a partir de terça-feira, 1° de junho, todas as restrições impostas aos locais de trabalho, como o limite do número de pessoas, colocação de placas para manter distância, nomeação de um comissário Corona, limite de ocupação em elevadores e restrições a conferências profissionais serão abolidas. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados permanece a mesma.
Em uma entrevista ao Ynet esta manhã, a chefe do serviço de saúde pública, Dra. Sharon Elrai-Price, disse que ela ainda não poderia dizer se Israel alcançou a imunidade coletiva. Ela explicou que “imunidade coletiva é uma situação em que as pessoas comportam-se normalmente e o vírus não pode passar de um para o outro”.
“É verdade que diminuímos cada vez mais as restrições e no final chegaremos a um estado de rotina e sem máscaras, mas só então poderemos ver se o vírus realmente não passa de um para o outro. Devo dizer que quando estamos em uma situação em que um pouco mais de um terço da população não está vacinada e está desprotegida, porque também não se recuperou, é difícil acreditar que alcançamos a imunidade de rebanho, mas pode muito bem ser uma quantidade significativa de pessoas que adoeceram e não sabiam disso. É por isso que já estamos no nível de proteção mais alto que já tivemos”, disse ela
Sobre a questão dos voos para o exterior, Elrai-Price disse que seria melhor não deixar o país ainda este ano. “É impossível saber o que vai acontecer. É suficiente ver quantos países estão em risco máximo, ou seja, com proibição de viajar até eles, e quantos outros países com um aviso severo de viagem. O número de países com baixa morbidade é realmente mínimo, então a situação no mundo não é tão boa quanto em Israel. Aqui alcançamos uma grande conquista graças ao público que vem se vacinar, mas não é o caso em todo o mundo. Aos poucos, mais e mais países estão se tornando mais imunes e espero que a situação lá também comece a se aproximar da nossa boa situação”.
LEIA TAMBÉM
- 29/05/2021 – Medicamento israelense reduz infecção de COVID-19
- 05/05/2021 – Sem limites para vacinados e recuperados
- 04/05/2021 – Estrangeiros poderão sair e retornar a Israel
No entanto, Elrai-Price disse que era difícil prever os níveis de morbidade em agosto. “Veja o que está acontecendo na Inglaterra, que tem um alto percentual de imunidade e ainda assim uma variante indiana irrompe lá entre os não vacinados ou vacinados com uma dose. Essas variantes ainda podem virar o quadro”, disse ela.
Segundo ela, o Ministério da Saúde não cogita atualmente encurtar o período de isolamento dos repatriados do exterior, mas quando os países tiverem um índice de morbidade semelhante ao de Israel, o ministério trabalhará para promover a não exigência de isolamento. “São necessários 10 dias de isolamento com dois testes”. “50% dos casos positivos após o retorno do exterior são descobertos no dia do desembarque e outros 50% ao longo desses dez dias. Portanto, não é algo que descobrimos nos primeiros dois dias. O isolamento tem um propósito: detecção de doenças”.
Quanto às crianças, Price diz que “todos os pais devem tomar essa decisão com seus filhos, e o papel do Ministério da Saúde é tornar todas as informações acessíveis para que os pais possam tomar a melhor decisão. Esta semana haverá uma reunião onde serão apresentados os dados e vamos apresentar o relatório final dos dados da miocardite, e se tem ou não relação com a vacina. Haverá uma discussão da equipe de tratamento da epidemia e uma recomendação será feita, após a qual presumo que o diretor-geral do Ministério da Saúde fará uma recomendação sobre vacinas infantis”.
A chefe dos serviços públicos de saúde destacou que se trata de um assunto complexo. “Por um lado, dizemos que a doença está em um nível muito, muito baixo em Israel, mas no mundo ainda está forte e não fechamos o céu, então o risco para as crianças ainda existe. Nós ainda vacinamos contra o sarampo, poliomielite por prevenção. Atualmente, estamos fazendo uma pesquisa com crianças em recuperação para ver os efeitos da pós-corona e, em última instância, a decisão caberá aos pais”.
Em relação ao Aeroporto, Price diz que é uma questão complexa, porque não é apenas uma diretriz do Ministério da Saúde. Os cidadãos também têm responsabilidade. E deu o exemplo de uma mãe que voltou com a família das Seychelles na semana passada. As Seychelles são definidas como um país com um severo aviso de viagem, o que significa que há uma morbidade muito elevada, à beira de uma proibição de viajar, mas a mãe voltou com seus dois filhos e optou por mandá-los para a escola.
“Isso é extremamente sério. É um risco pegar crianças que podem ser positivas e estar doentes e simplesmente mandá-las para um local de população desprotegida e não vacinada. Pode levar a um surto”, disse ela.” Portanto, no final das contas, a responsabilidade aqui está além das diretrizes do Ministério da Saúde, a fiscalização também é exigida da Autoridade de Imigração, da Autoridade de Aeroportos e dos próprios cidadãos”.
Fonte: Ynet
Foto: Freepik
Pingback: Benefício de desemprego para jovens termina em julho - Revista Bras.il