Tel Aviv retira autorização de grupo religioso para evento de Sucot
A prefeitura de Tel Aviv cancelou, nesta quinta-feira, as autorizações concedidas a um grupo religioso ortodoxo para realizar eventos públicos na cidade, durante o feriado de Sucot, depois que a organização tentou realizar um serviço público de oração de Yom Kipur com uma divisória de gênero improvisada, provocando confrontos.
A cidade alega que a ONG Rosh Yehudi, que tem procurado aumentar a devoção ortodoxa na cidade, que é majoritariamente secular, violou as condições da sua licença ao erguer uma barreira improvisada de bambu com bandeiras israelenses, enquanto realizava serviços religiosos na Praça Dizengoff, o que a cidade tinha proibido.
A Rosh Yehudi recebeu permissão no mês passado para montar uma Sucá, na rua Zamenhof para o feriado de Sucot em 1º de outubro. Também recebeu permissão para realizar o que é conhecido como Segundo Hakafot em 7 de outubro na Praça Dizengoff, uma celebração tradicional realizada imediatamente após Simchat Torá para mostrar solidariedade aos judeus da diáspora, que marcam o feriado um dia depois dos judeus em Israel.
Simchat Torá marca o fim do ciclo de leituras da Bíblia do ano anterior e o início de um novo ciclo, e é celebrado pelos judeus ortodoxos com danças folclóricas segregadas por sexo enquanto seguram rolos da Torá.
Mas. em uma decisão anunciada quinta-feira, ambas as licenças foram canceladas.
Numa carta ao grupo Rosh Yehudi após uma audiência sobre o assunto, a prefeitura disse que a mechitzah improvisada (divisória de gênero) tinha sido uma violação “grave” dos seus termos que causou uma “perturbação pública significativa”.
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“O evento da Rosh Yehudi, em Yom Kippur, na Praça Dizengoff passou de um serviço de oração a um evento humilhante… que quase se transformou em uma briga em massa”, dizia a carta.
A prefeitura criticou o grupo por sustentar que a sua divisória não tinha sido uma barreira física e alertou que permitir que a Rosh Yehudi realizasse mais eventos poderia “levar a outro confronto que mais uma vez causaria desordem pública na cidade”.
Em um comunicado, o prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, disse que a cidade tomou a decisão com “o coração pesado”.
“Todos estão convidados a operar no nosso espaço público, existindo também locais para orações públicas, desde que sejam realizadas de acordo com a lei e sem segregação de gênero”, disse.
A Rosh Yehudi, uma ONG que incentiva os judeus a adotar um estilo de vida religioso, organiza orações públicas no final do Yom Kipur, desde 2020. Este foi o primeiro ano em que a cidade proibiu a divisão de gênero.
Na quarta-feira, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, anunciou que estava cancelando o seu plano de realizar um serviço de oração segregado por gênero em Tel Aviv na quinta-feira, em resposta aos confrontos.
Várias centenas de pessoas participaram de um culto de oração na Praça Habima, em Tel Aviv, na noite de quinta-feira. A oração, cujos organizadores disseram ser pela democracia e pelo Estado de Israel, foi anunciada como uma resposta ao serviço de oração posteriormente cancelado por Ben-Gvir na Praça Dizengoff.
“Estamos aqui para mostrar que existe outro tipo de judaísmo, inclusivo e tolerante”, disse Galia Sadan, rabina reformista da congregação Beit Daniel, de Tel Aviv, durante o evento.
“Reivindicamos a bandeira israelense e a Declaração de Independência”, disse Yaya Fink, ex-ativista do Partido Trabalhista e líder do grupo de lobby de tendência esquerdista Darkenu, à multidão na Praça Habima, referindo-se aos símbolos do movimento de protesto contra o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Os acontecimentos foram vistos por alguns como uma extensão do conflito social desencadeado pela reforma judicial do governo, que se espalhou por diversas áreas da vida e expõe visões divergentes sobre o futuro do país e do seu caráter.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Wikimedia Commons
Tel Aviv cujo primeiro bairro construído foi de ortodoxos judeus se tornou uma cidade contrária aos princípios da Torá, uma cidade que perversamente proíbe que a judeus de exercerem seu judaísmo conforme os mandamentos divinos, uma cidade que persegue os ortodoxos que, ao contrário dos liberais cumpre devidamente a Halachá. Ditadura esquerdista lamentável!