Tel Aviv é Israel, sim!
Por Mary Kirschbaum
No começo do século XX, durante o mandato Britânico, a convenção de judeus de Yafo, aprovou a construção de uma nova cidade para aliviar a superpopulação de Jaffa (Yafo, em hebraico). Foi assim que nasceu e cresceu a moderna Tel Aviv, que significa “a colina da primavera”, e fica às margens do Mediterrâneo.
Tel aviv, esta cidade em que moro há cinco anos, desde que fiz aliá, é uma cidade super jovem e cheia de “jovens”. Ela foi batizada como “cidade branca”, devido aos edifícios de estilo Bauhaus construídos nos anos 1930, pelos judeus que fugiram do terror nazista na Alemanha.
Em 1948, seguindo o plano estabelecido pelas nações unidas, Ben Gurion declarou a independência do Estado de Israel, fazendo de Tel Aviv a capital provisória do país, até a transferência em 1980, para Jerusalém.
Ao longo da história de Tel Aviv, a cidade ofereceu uma versão de Israel completamente diferente do resto do país.
Devido ao conflito internacional que rodeia Jerusalém, a maioria dos países do mundo, considera Tel Aviv a capital de Israel, por sua importância econômica e diplomática.
Nas últimas décadas, Tel Aviv viveu um desenvolvimento econômico e social exponencial, chegando a ser o motor econômico de Israel e uma das cidades mais prósperas do Oriente Médio.
É uma metrópole super cosmopolita, aberta ao mundo, onde reinam liberdade e tolerância.
Não é à toa, então, que muitos dizem que Tel Aviv não se parece com o resto de Israel, principalmente por seu caráter ultra jovem, e moderno, e um destino LGTB.
No entanto, eu moro num bairro “vintage”, pois aqui, ainda se preserva um monte de sinagogas, uma população mais típica israelense, digo, com poucos turistas e bastante religiosos.
Aqui temos prediozinhos bem antigos, na sua maioria até quatro andares e sem elevador.
É super arborizado, cheio de parques, onde as crianças brincam livremente, quase sem supervisão adulta, tamanha a segurança que se sente por aqui.
Lógico que estamos passando por muitas reformas, para chegada de prédios e construções modernas, que aos pouquinhos, junto com o trem que andará pela cidade, não deixará de substituir este ar nostálgico que existe neste bairro.
Mas, não tem problema! Gosto de sair por aí e ver jovens divertidos, animados, falando um monte de línguas e fazendo suas compras “veganas” pela cidade.
Temos todos os tipos de restaurantes, mercados antigos e modernos, feiras, festas para todos os gostos, brasileiras, caribenhas, e os melhores DJs, tocando nos telhados com as melhores raves.
As praias são lindas e tem para todos os gostos: praia dos cachorros, dos gays, dos religiosos, etc, etc. Os portos são lindos, tanto o moderno de Tel Aviv, quanto o antigo de Yafo.
As pessoas andam no calçadão no verão, invadindo nossas praias de gente bonita, patinetes, bikes, shows na rua, danças judaicas, etc.
Sou muito feliz nesta cidade que escolhi para viver e muito orgulhosa de sua identidade moderna, porém judaica, onde o hebraico é falado, onde se vê as bandeirinhas nacionalistas de Israel e onde se escuta, na sexta-feira, antes do shabat, as músicas que anunciam mais um dia de descanso.
Mas o barulho continua, “de vida”, contrastando com um pouco mais de silêncio que tentamos nos colocar neste dia sagrado, agradecendo a D’us por este lindo e próspero Estado Judeu.
AM ISRAEL CHAI!!
Realmente a Mary foi muito feliz em descrever esta bela cidade – totalmente friendelly (pet; gay; e até uns cigarros mais cheirosos que os tradicionais) – uma cidade que mistura a arquitetura moderna, com belos e imponentes predios de vidro, com prédios da década de 60 – uma cidade acolhedora com gente de todo os lugares deste mundo. Mary, como sempre é um prazer ler seus texos.