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Tel Aviv: terceira praia mais poluída do Mediterrâneo

Tel Aviv ocupa o terceiro lugar entre os 22 países mediterrâneos em termos de poluição plástica em sua costa. Segundo relatório do World Wildlife Fund for Nature, a região de Tel Aviv tem uma média de 21 quilos de resíduos plásticos por quilômetro de costa, um dos mais altos do Mediterrâneo, depois da região da Cilícia, na Turquia, e Barcelona na Espanha. Na Cilícia foram encontrados 31,3 kg de resíduos de plástico por quilômetro de costa, e Barcelona 26,1 kg.

Os plásticos que acabam nos mares e nos oceanos são um problema cada vez mais comum, matando a vida selvagem marítima, contaminando peixes e frutos do mar que entram na cadeia alimentar e levando a centenas de milhões de dólares de prejuízos nas indústrias de turismo e marítimas.

Atualmente, existem 247 bilhões de peças de plástico flutuando no Mediterrâneo, com o equivalente a 33.800 garrafas plásticas sendo despejadas no mar a cada minuto, de acordo com o WWF.

O Mediterrâneo é o quarto maior produtor de bens de plástico. A região, composta por 22 países que margeiam o mar, produziu 38 milhões de toneladas de plástico em 2016, uma média de 76 quilos por pessoa, o que equivale a 23 quilos por pessoa a mais do que a média global. afirmou o relatório.

A maior parte do plástico no Mar Mediterrâneo é resultado do desperdício mal administrado, incluindo lixo não recolhido e plásticos despejados em aterros ilegais.

Embora Israel tenha um sistema de gestão de resíduos mais eficiente do que muitos outros países da região, as correntes marítimas e o vento fazem com que o lixo de outros países se junte ao lixo local e grandes quantidades se acumulam nas praias do centro do país.

O Egito é responsável por quase metade dos plásticos que flutuam para o Mar Mediterrâneo (42,5%), seguido pela Turquia (18,9%) e pela Itália (7,5%).

Israel é o país com o segundo maior uso utensílios de plástico descartáveis no mundo, em termos absolutos, segundo a organização ambiental Zalulú.

Israel tem altas taxas de reciclagem, embora a reciclagem seja gerenciada por vários órgãos diferentes que trabalham individualmente. No entanto, os ambientalistas são rápidos em apontar que a reciclagem é apenas uma pequena parte da solução para a questão da poluição plástica nos oceanos, porque é um processo caro e que consome muita energia. Segundo o relatório da WWF, custa uma média de NIS 3.742 (US$ 1.044) para reciclar uma tonelada de plástico, mas essa mesma tonelada de plástico é vendida por apenas NIS 2.189 (US$ 611) no mercado, tornando a reciclagem muito pouco rentável.

Muito mais importante do que a reciclagem é reduzir a quantidade de plásticos descartáveis utilizados, especialmente em Israel.

Parte disso inclui a aprovação de incentivos legais que levem as pessoas a separar o lixo em casa, também conhecida como “separação na fonte”. Quando as pessoas separam o lixo e descartam corretamente os materiais recicláveis no recipiente correto, isso aumenta a qualidade dos resíduos plásticos, tornando mais barato e mais atraente para as empresas de reciclagem.

Leis como a Lei de Depósito de Contêineres de Bebidas de Israel, aprovada em 1999 e implementada em 2001, determina um reembolso variável para os consumidores que devolvem garrafas plásticas.

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