Taxa de natalidade de Israel é a mais elevada na OCDE
A taxa de natalidade de Israel continua a ser a mais elevada entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, de acordo com um relatório da entidade, à medida que tais taxas diminuem em todo o mundo desenvolvido.
Os cinco estados-membros com as taxas de natalidade mais elevadas registaram o declínio mais acentuado, afirma o relatório, mas observou que “Israel quebra esta tendência, uma vez que as mulheres do grupo populacional ultraortodoxo têm frequentemente um grande número de filhos”.
A taxa de fecundidade total de Israel é de 2,9 filhos por mulher, seguida pelo México e pela França, com 1,8 filhos por mulher e quase o dobro da média da OCDE de 1,5, segundo o relatório.
Em 2020, a taxa de fecundidade total entre as mulheres ultraortodoxas em Israel era de 6,6, enquanto a taxa entre as mulheres árabes era de 3,0, e entre as mulheres seculares, era de 2,0, ainda bem acima da média da OCDE, de acordo com um relatório do Instituto de Jerusalém para pesquisa de políticas.
As taxas de natalidade caíram drasticamente em alguns dos estados mais ricos do mundo e deverão permanecer baixas, à medida que as preocupações econômicas fazem com que as pessoas ponderem os custos de ter filhos, afirma o relatório.
“Este declínio mudará a face das sociedades, comunidades e famílias e terá potencialmente grandes efeitos no crescimento econômico e na prosperidade”, observou.
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Em muitos países membros da OCDE opta-se agora por ter filhos mais tarde ou não ter filhos. “Tanto os jovens como as mulheres encontram cada vez mais sentido na vida fora da paternidade”, acrescenta o relatório.
A taxa de fecundidade total caiu para 1,5 filho por mulher em 2022, dos 3,3 em 1960, em média, nos países da OCDE, afirma o relatório, utilizando uma unidade que mede o número médio de filhos nascidos por mulher ao longo da vida.
Entretanto, a idade média das mulheres que dão à luz aumentou de 28,6 em 2000 para 30,9 em 2022, concluiu o relatório. Em Israel, a idade média está pouco abaixo da média, mas aumentou cerca de três anos desde 1980.
“Embora os países da OCDE utilizem uma série de opções políticas para apoiar as famílias, o custo econômico e a incerteza financeira a longo prazo de ter filhos continuam a influenciar significativamente a decisão das pessoas de se tornarem pais”, disse Stefano Scarpetta, diretor do de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OCDE, em uma teleconferência.
Taxas de fecundidade total particularmente baixas foram medidas na Coreia do Sul, com 0,7, Itália e Espanha, cada uma com 1,2 filhos por mulher. Os mais altos foram em Israel, com 2,9, seguido pelo México e pela França, cada um com 1,8.
Ao comparar as mulheres nascidas em 1935 e em 1975, a percentagem de mulheres sem filhos duplicou na Estônia, Itália, Japão, Lituânia, Polônia, Portugal e Espanha, de acordo com os dados da OCDE.
“A falta de filhos está definitivamente aumentar em quase todo lugar”, disse Tomas Sobotka, investigador do Instituto de Demografia de Viena.
A pressão de serem bons pais, o que implica dedicar tempo à criação dos filhos, também estaria levando os jovens a adiar ou evitar a constituição de famílias, afirmou a organização com sede em Paris.
“Evidências qualitativas da Europa revelam que uma razão importante pela qual algumas mulheres com trinta e poucos anos optam por adiar ter filhos é que não acreditam que possam viver de acordo com o ideal da maternidade”, acrescentou.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: GPO