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Startup israelense rastreia carteiras criptografadas do Hamas

Sufocar as fontes de dinheiro do Hamas é tão crucial para derrotar o grupo terrorista quanto travar uma guerra no campo de batalha em Gaza, diz o especialista em criptomoedas Bezalel Eithan Raviv, que declarou guerra às vias digitais secretas de financiamento da organização.

Raviv é o fundador e CEO da Lionsgate Network, uma empresa que ajuda os clientes a recuperar suas criptomoedas fraudadas. E até agora, a Lionsgate Network usou suas habilidades de investigação para rastrear US$ 90 milhões em criptomoedas de propriedade do Hamas.

A Lionsgate Network foi contratada pelo Ministério da Defesa para rastrear os fundos digitais arrecadados secretamente pelo Hamas após o massacre de 7 de outubro.

“Pessoas de todo o mundo que perderam o acesso aos seus ativos criptográficos entram em contato conosco para descobrir onde está o seu dinheiro, com quem está e como podem recuperá-lo”, diz Raviv.

Ele foi contatado através de uma amiga cujo trabalho no ministério envolveu as consequências do ataque de 7 de outubro.

Ela informou a Raviv que as autoridades identificaram uma série de carteiras criptografada que se acredita pertencerem ao Hamas e que continham fundos para o grupo terrorista.

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Uma carteira criptografada é um aplicativo que funciona como uma carteira virtual para criptomoedas. E assim como uma carteira real guarda seu dinheiro e cartões de crédito, a virtual contém as chaves de acesso necessárias para obter acesso online à sua criptomoeda e às transações que você realiza com ela.

De acordo com Raviv, os métodos que a sua empresa utiliza para localizar moedas roubadas são igualmente úteis na caça de fundos ilícitos do Hamas.

“Existem 13 cenários diferentes dos quais cuidamos”, diz ele. A décima terceira foi acrescentada nas últimas semanas e trata exclusivamente do Hamas. Usamos o mesmo processo. Pegamos a carteira e verificamos primeiro que tipo de dinheiro é aceito, quando foi transferido, quem é a identidade que envia os fundos”, explica.

“Isso é algo complicado e complexo”, diz ele, já que o endereço de uma carteira consiste essencialmente em números e letras aleatórios.

Segundo Raviv o Hamas está de fato arrecadando dinheiro por meio de criptomoedas e usando instituições de caridade falsas no exterior para fazê-lo.

“Conseguimos cruzar a referência de que as campanhas para ajudar Gaza e a sua população eram uma operação terrorista para angariar fundos através da ingenuidade das pessoas na Europa e nos EUA”, diz ele.

Dentro de Gaza, explica ele, os funcionários do Hamas podem ir a uma agência, acessar as carteiras e trocar os fundos criptografados por dinheiro, que depois usam para comprar mercadorias e pagar aos membros do grupo.

A Lionsgate Network usa vários métodos para identificar os proprietários dessas carteiras, incluindo vasculhar a web em busca de qualquer link digital para carteiras suspeitas, como menções nas redes sociais ou até mesmo contas do Linkedin para descobrir a identidade dos proprietários.

“Estamos usando tudo o que podemos e uma tática muito específica para descobrir a pessoa por trás dos números”, diz ele. “Quando fizermos isso e for uma operação bem-sucedida, você poderá reivindicar os fundos de volta, ativar sanções ou apreender os fundos”.

Segundo Raviv, isso significa que, uma vez comprovado solidamente que o dono de uma carteira está ligado ao Hamas, o Ministério da Defesa pode pedir a um juiz que autorize o confisco dos fundos.

Raviv está agora fazendo lobby para que esses fundos confiscados sejam destinados às comunidades israelenses onde os terroristas do Hamas atacaram.

Ele acredita que o Hamas tem reservas de criptomoedas no valor de bilhões de dólares, espalhadas por diversas carteiras e essas estão na sua mira.

“As carteiras não estão fazendo nenhum movimento, mas temos táticas para fazer com que elas basicamente se exponham. Estamos trabalhando nisso”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de NoCamels
Foto: Lionsgate Network (Cortesia)

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