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Sobrevivência do Holocausto através da fé

Uma nova exposição sobre Auschwitz, intitulada “Através das lentes da fé”, oferece aos visitantes uma nova perspectiva sobre como a fé desempenhou um papel na sobrevivência do Holocausto.

A nova exposição é diferente das outras porque não se concentra na brutalidade dos nazistas. Em vez disso, mostra como a fé ajudou vítimas e sobreviventes.

O Museu Memorial Amud Aish, em Nova York, organizou a nova exposição que poderá ser visitada até 2020, coincidindo com o 75º aniversário da libertação do campo de extermínio pelo Exército Vermelho.

O arquiteto Daniel Libeskind, que ajudou a projetar a exposição, usou padrões repetitivos de painéis, que simbolizam as listras dos uniformes dos prisioneiros. A parte externa da tela é feita de vidro preto reflexivo para evocar a liberdade física e espiritual.

“Nós não podemos entender os milhões que foram mortos no Holocausto, mas podemos entender a história de uma pessoa. Esta exposição se concentra nas histórias dos sobreviventes, enquanto eles entrelaçam suas histórias íntimas no contexto do campo e da vida contemporânea”, diz Libeskind.

Vinte e um painéis se alinham em cada lado da exposição. O curador-chefe do Museu Memorial Amud Aish entrevistou 21 sobreviventes de Auschwitz-Birkenau e registrou suas experiências e retratos nos painéis de aço.

Os novos retratos foram tirados de 18 sobreviventes judeus, dois poloneses e um cigano por três anos na casa de cada sobrevivente. Desde que as fotografias foram tiradas, dois dos sobreviventes faleceram, mas suas famílias sabem que suas histórias viverão através de suas memórias.

O rabino Sholom Friedmann, diretor do Museu Memorial Amud Aish, disse que “a fé permitiu que essas vítimas perseverassem apesar do inferno a que foram submetidas”.

A exposição foi patrocinada em parte pelo filantropo judeu russo Viktor Vekselberg, que é presidente do conselho de diretores do Jewish Museum and Tolerance Center, em Moscou, e que perdeu 16 membros de sua família no Holocausto.

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