Sistema de saúde entrará em greve segunda-feira
Todo o sistema de saúde de Israel entrará em greve na segunda-feira em protesto contra o aumento da violência contra as equipes médicas, decidiu a Associação Médica de Israel nesta quinta-feira.
“A greve nunca é o padrão para nós, mas a violência no sistema de saúde há muito se tornou uma epidemia e as linhas vermelhas são cruzadas quase todos os dias. Na segunda-feira, os médicos vão dizer chega de violência, chega de ilegalidade”, disse o presidente da associação, Prof. Zion Hagay.
A decisão de entrar em greve ocorre depois que duas equipes médicas foram atacadas em questão de dias.
Na quinta-feira, um médico foi violentamente atacado em um centro de saúde para mulheres em Ramla. A suspeita, uma jovem de 17 anos, foi presa pela polícia após tentar fugir.
Na segunda-feira, um médico foi atacado no Hospital Soroka por pais que trouxeram o filho para tratamento por causa da demora no atendimento. Na quarta-feira, funcionários da Soroka entraram em greve por algumas horas, em protesto contra a agressão.
“Esclarecemos que a greve de ontem no Hospital Soroka foi apenas uma greve de advertência, mas hoje está claro para todos que não temos escolha a não ser parar todo o sistema para que alguém do governo acorde e acabe com essa epidemia de violência”, enfatizou Hagay.
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“Não concordaremos de forma alguma com uma realidade em que os médicos serão abandonados justamente no local onde estão empenhados dia e noite em salvar vidas”.
Durante a greve de segunda-feira, o sistema de saúde funcionará como no Shabat, com a associação operando um comitê de exceções para casos especiais.
Hagay observou que a luta da associação contra a violência levou o governo anterior a estabelecer postos policiais em salas de emergência e a propor uma legislação para tornar mais severa a punição dos agressores. O presidente enfatizou que ainda são necessárias mais ações.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Hospital Hadassah Ein Kerem