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Sinwar trouxe à tona o problema palestino

Por David S. Moran

No dia da festa de Sucot (17/10), as Forças de Defesa de Israel (FDI) conseguiram casualmente localizar quatro pessoas, entre elas o chamado “carniceiro de Khan Younes”, o terrorista Yahya Sinwar. Ele ainda tentou fugir, mas as forças israelenses o localizaram escondendo-se no segundo andar de uma casa e ele acabou sendo morto.

Sinwar foi um terrorista e líder da organização terrorista Hamas, que matou pessoalmente e através de outros, israelenses, americanos e de outras nacionalidades. Planejou o maior massacre de israelenses desde o Holocausto, este líder palestinazista, quis apoderar-se de 211 localidades israelenses e trazer o Irã e o Hezbollah para apoderarem-se da Galileia, segundo documentos encontrados. Ele não era misericordioso. Ordenou assassinar bebês, estuprar mulheres e cadáveres, degolar e outras atrocidades.

As Forças de Defesa de Israel reagiram e o governo decidiu tentar acabar de vez com as ameaças do Hamas vindas da Faixa de Gaza e, meses depois, com o Hezbollah. Devido às condições da guerra, nas quais o Hamas se esconde no meio e atrás de civis, o “mundo” vendo a destruição não pensou nos 1.200 assassinados em 7 de outubro e nos 255 reféns (154 voltaram num acordo ou resgatados, dos quais 37 mortos). 101 pessoas, entre elas 36 mortos, ainda estão nos tuneis da Hamas, 385 dias depois de serem sequestrados.

Anos de trabalho do Catar, Irã e outros países radicais em países Ocidentais, onde o dinheiro fala mais alto que a moral, fizeram seus efeitos e houve e ainda há explosão de atos antissemitas em várias partes do mundo.

O maior absurdo foi logo no início da Guerra Espadas de Ferro com arruaceiros tomando conta das Universidades Harvard, Columbia, Yale, Brown entre outras, que recebem dinheiro árabe e seus estudantes ocuparam os campi, entoando slogans “Palestina livre do Rio ao Mar”. Questionados de que rio se trata respondiam Mississipi e o mar é o oceano Atlântico. Usar “kefia” é moda. Pena que não conhecem a realidade local. A universidade de Yale foi fundada por pastores e no seu slogan há duas palavras escritas em Hebraico: “URIM VETUMIM” (LUZ e VERDADE).

O professor israelo-americano Shay Davidai, que leciona na Universidade Columbia e desde o início defende a causa israelense, foi impedido pela diretoria da Universidade de entrar em Campus, “apesar de seu salário não sofrer alteração”, alegou a Universidade.

Na Europa também estudantes incitados por profissionais árabes e dentro de linhas politicas tomaram ruas, universidades e incentivaram reações anti-israelenses e antissemitas. Repentinamente, o problema palestino que estava adormecido ressurgiu e com muita violência contra israelenses e judeus. Foram necessárias medidas de segurança em instituições judaicas em todo o mundo, que não são parte do conflito.

Até mesmo no Brasil, o presidente Lula usou uma “kefia” entregue por simpatizantes da causa palestina, que lhe fazem a cabeça como o Celso Amorim, Boulos e outros. Ele não tem noção do que acontece no Oriente Médio. Se soubesse que os líderes dos países árabes são completamente opostos a sua ideologia política, não aceitam o socialismo, a igualdade, os homossexuais são perseguidos e assassinados, as mulheres relegadas a um segundo plano, mas eles tem dinheiro, muito dinheiro.

Deveriam saber os líderes no Ocidente que para os radicais muçulmanos o mundo está dividido entre o “dar al Islam” (a casa do Islam) e as áreas não muçulmanas chamadas de “dar al harb” (a casa da guerra). Isto é, eles querem dominar o mundo através da guerra. Assim também o Sinwar e o Hamas. Eles não lutam pelos palestinos, eles lutam pela religião islâmica. Já hoje se vê em muitas cidades europeias, como Marselha, Berlin, Bruxelas e outras, muçulmanos tomando ruas inteiras e rezando lá. Em Amsterdam, as mesquitas não tem minarete e nem alto falantes. Quer rezar, reze dentro da mesquita. Israel está lutando a luta do mundo livre, que ainda não entende que esta é a luta.

Os judeus em todas as partes do mundo ajudam no progresso em todos os campos da vida moderna e a religião muçulmana é retrógada e ultrapassada. Israel espera e quer viver em paz com todos os seus vizinhos e progredir com todos. Guerras só trazem perdas e destruição.

Sinwar esperou que o Hezbollah entrasse na guerra com ele e de fato no dia seguinte à invasão do Hamas, esta organização terrorista iniciou lançamento de misseis do Líbano contra o Estado Judeu. Dezenas de milhares de pessoas que moram perto da fronteira foram evacuadas. O lançamento de misseis é incessante desde então. O Ministro da Defesa Yoav Gallant sugeriu logo no dia 11 de outubro que Israel deveria atacar o Hezbollah, mas o premier Benjamin Netanyahu recusou.

Entre Israel e o Líbano há uma força da ONU, a UNIFIL que deve tratar de manter a paz entre os dois países. A UNIFIL foi formada pela ONU em 1978, após mais uma guerra entre Israel e o Hezbollah. Em 2006, suas funções foram ampliadas de acordo com a Resolução 1701, que autorizou a UNIFIL a prender terroristas que passassem ao sul do Rio Litani. Isto nunca aconteceu. O Hezbollah fundou nesta área, sob os olhos da UNIFIL, um estado terrorista para atacar Israel. Como em Gaza, o sul do Líbano tem uma rede de túneis que foi prepara para atacar a Galileia. Como em Gaza, casas de moradores em aldeias xiitas foram transformadas em local de alistamento, com fardas e farto material bélico. A UNIFIL nada fez para impedir estas ações. Um soldado até confessou que eles foram pagos para que a UNIFIL deixasse usar suas dependências para observar o que acontece do lado israelense. A organização terrorista Hezbollah montou bases ao lado dos postos da UNIFIL. O porta voz da UNIFIL, o italiano Andrea Tenenti diz que a força tem 10.000 soldados espalhados em 50 postos ao longo da linha azul. “Somos transparentes, informamos o que vemos ao Conselho de Segurança. Existem áreas que não podemos adentrar, o Hezbollah não deixa, e o nosso mandato não permite que as forças entrem em casas para revistá-las. As FDI descobriram túneis do Hezbollah junto a postos da UNIFIL. Sobre isto Tenenti diz: “sabíamos de atividades suspeitas, mas não podemos vasculhar as casas”. O Wall Street Journal escreveu: “a UNIFIL é a melhor aliada do Hezbollah”. Israel diz que UNIFIL foi ameaçada pelo Hezbollah e por isso lhes permitiu livre acesso.

Agora que Israel entrou no Líbano para fazer a limpeza da presença do Hezbollah, a UNIFIL e países como a Itália, Espanha e Irlanda que têm tropas ali, condenam as ações de Israel. É interessante notar que o Líbano é um Estado soberano e tem seu próprio exército, que não sofre baixas e não intervêm nos combates. O Líbano foi sequestrado pelo Hezbollah.

Agora, depois da eliminação de Sinwar e de Nasrallah, se não houver intervenção externa talvez seja mais fácil chegar a acordos que melhorem a situação dos habitantes da Faixa de Gaza, dos libaneses e dos israelenses. Enquanto não há acordo de libertação dos 101 reféns, vivos e mortos das mãos do Hamas e o Hezbollah não para o lançamento de misseis e drones explosivos contra o território israelense, os combates continuam.

O TEMPO ESTÁ SE ESGOTANDO, TRAGAM DE VOLTA OS REFÉNS

Foto: O satanás de Gaza eliminado. Yedioth Ahronot

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