Sim, estou vivendo em Eretz Israel só por causa do meu sionismo
Por Mary Kirschbaum
De verdade, este é o único motivo pelos quais judeus deveriam estar aqui, ou fazerem aliá. E o que é o sionismo?
A bíblia nos ensina que haveria uma terra prometida por Deus ao povo judeu. Esta terra corresponde a “Terra de Israel”, onde está localizada a cidade sagrada de Jerusalém.
O termo “sionismo” tem origem na palavra Zion, em hebraico, que faz referência à Jerusalém.
O “retorno a Sião” é a expressão utilizada para tratar a volta do povo judeu ao seu território natal.
Os judeus teriam vivido nessa região durante séculos antes de Cristo, onde construíram uma civilização rica e próspera.
Mas, por volta de 70 d.C, foram invadidos pelos romanos e exilados de seu território.
Ao longo dos séculos seguintes, os judeus sofreram perseguições e expulsões e foram se espalhando pelo mundo.
Apesar de estarem dispersos, conseguiram construir comunidades e manter suas tradições étnicas e religião.
O sentimento de identidade do povo judeu se manteve fortalecido, e a ideia do retorno à terra de Israel, para a construção de um Estado soberano, teve forte adesão.
A ideia da criação do Estado de Israel já existia há muito tempo, mas foi no final do século XIX que se formaram as bases para o movimento sionista político moderno.
O responsável pelo fortalecimento dessa ideia foi o jornalista húngaro Theodor Herzl. Herzl presenciou muitos casos de antissemitismo na Europa, isto é, um movimento extremista que prega o ódio aos judeus.
Ele defendia que o fim do antissemitismo só aconteceria com a criação de um Estado, no qual os judeus pudessem ter uma vida normal, sem perseguições, em um território próprio.
Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha do território palestino entre judeus e árabes. Os judeus aceitaram a partilha, mas os árabes recusaram.
Em 1948, Israel declarou sua independência, pouco mais de três anos depois do fim do terror da segunda guerra mundial, onde foram exterminados 6 milhões de judeus. Existia a urgência de um Estado judeu onde se vivesse em segurança.
Bem, e o que é aliá? O termo que designa a imigração judaica para a Terra de Israel, Eretz Israel. E nós, imigrantes judeus, somos chamados de olim.
Aliá é um importante conceito no judaísmo, fundamental para o Sionismo e foi consagrado na Lei do Retorno.
Ou seja, este movimento de retorno do povo judeu a sua terra natal é exatamente o sionismo. A volta dos judeus que foram expulsos e ficaram exilados ao redor do mundo.
Desde pequena, estudei em colégio judaico, estive em clube judaico, em movimentos de juventude sionistas, reforçando a ideia de que este é o único lugar que dá a segurança devida para o povo judeu.
Temos o melhor exército, e este é treinado para defender este micro país, que acreditamos (pelo menos quem fez aliá), ser o único lugar no mundo, no qual, cada um de nós, descendentes dos sobreviventes do Holocausto (aqueles que morreram por nós), pode e deve se sentir seguro, caso haja a tentativa novamente de um massacre do nosso povo, pelo único e exclusivo motivo de sermos judeus.
Yom Haatzmaut está aí, e comemora o dia da Independência de Israel. Ocorre em 5 de Iyar, que no ano de 1948 correspondeu ao dia que David Ben Gurion declarou o fim do mandato Britânico da Palestina e a fundação do Estado de Israel.
Am Israel Chai!
E Chag sameach a todos nós!
Cara Sra ou Srta Mary K!
Eu li e reli o seu texto, e parabéns a você por sua coragem de sair do armário e sucintamente expor em seu texto sua posição contrária a religião judaica.
Quero deixar bem claro que cada um tem sua opinião, mas muitos aproveitam o atual momento político para botar mais lenha na fogueira e buscar a separação do nosso povo.
Você mostrou entender um pouco de história, mas eu lhe convido a conhecer um pouco da religião judaica entender que Israel não existe sem a nossa Sagrada Torah. Aliás quando você em seu texto escreve ” A bíblia nos ensina….”, comete um grande erro, pois a Bíblia não nos ensina nada, quem nos ensina são nossos gigantes sábios eruditos da nossa querida fonte de Vida, a Torah. Estes sábios e guardiões da palavra divina que durante toda a história sofreram e morreram defendendo o estilo de vida descrito no nosso manual de vida, Torah.
Em seu texto você resume o sionismo judaico em míseros 75 anos de história e sofrimento, e esquece dos três mil anos que se passaram, infelizmente também muito sofrimento, mas como judeus, sempre defendemos a nossa Torah com esperança de chegar à Terra prometida por Deus.
Não vou me estender em críticas pois quero, aproximar e não afastar meus irmão judeus, por isso, deixo o convite para que você busque a resposta à sua pergunta inicial deste texto através de algum dos nossos queridos Rabinos brasileiros que aqui em Israel fazem um excelente trabalho abraçando a todos os imigrantes que chegam todo tipo de ajuda material e espiritual pendentemente do seu grau de religiosidade simplesmente por serem judeus.
Chag Yom Haatzmaut Sameach para todos.
Am Israel Chai.
HaYom 17 Yom LaOmer!