Série inspirada no massacre de Munique chega à TV
Uma série inspirada no massacre de atletas israelenses durante as Olimpíadas de Munique de 1972, já está em pós-produção e estreia em setembro na rede britânica Sky.
A minissérie, provisoriamente intitulada “Munique Games”, foi escrita por Mihal Aviram, uma das idealizadoras das tramas “Fauda”, e o alemão Martin Behnke, conhecido por seu trabalho em “Wir sind jung. Wir sind stark” e “Berlin Alexanderplatz”.
Os protagonistas são Seyneb Saleh, Yousef Sweid e Sebastian Rudolph, assim como Dov Glickman, popular em todo o mundo depois de ter interpretado Shulem Shtisel.
A série conta a história de dois agentes – um israelense e um alemão – que devem trabalhar juntos para impedir um ataque terrorista, 50 anos após o Massacre de Munique.
É 2022, e um amistoso de futebol entre um time israelense e um alemão está planejado como um sinal de paz e respeito pelas vítimas do ataque terrorista de 1972. A polícia e os serviços secretos de todos os lados estão em alerta máximo para garantir a segurança do evento.
No entanto, quando Oren Simon, um agente do Mossad baseado em Berlim, intercepta uma mensagem em um fórum da dark web, poucos dias antes do jogo, ele faz parceria com Maria Köhler, uma oficial da Polícia Criminal do Estado Alemão (LKA), com raízes libanesas para garantir que a história não se repita.
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Lidando com temas de geopolítica, manipulação de informações e a crescente ameaça do extremismo em todo o mundo, a série, em seis episódios, foi filmada em alemão, hebraico, árabe e inglês.
A série estará disponível em todos os mercados da Sky.
Além disso, para marcar o aniversário de 50 anos dos trágicos eventos que inspiraram a série, a Sky também exibirá um documentário de 90 minutos, 1972 – Munique’s Black September, detalhando o impacto devastador do que aconteceu nos Jogos Olímpicos de 1972.
Membros do grupo Setembro Negro, uma facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), sequestraram e assassinaram onze atletas e treinadores israelenses que participavam das Olimpíadas de Munique.
O episódio manteve o mundo em suspense entre 5 e 6 de setembro de 1972 e depois desencadeou uma dura reação israelense para eliminar os envolvidos no massacre, processo que foi retratado no filme “Munique” (2005), do diretor americano Steven Spielberg.
Um filme feito para a TV de 1976, “21 Horas em Munique”, focava no ataque em si, baseado no relato de Serge Groussard no livro “O Sangue de Israel”.
Na época, além do óbvio impacto emocional causado pelo ataque, o assassinato dos atletas israelenses provocou um debate dentro do movimento olímpico. Isso porque os jogos de Munique continuaram após o ataque terrorista.
De fato, foi apenas nos jogos de Tóquio 2020, realizados em meados de 2021 após serem adiados devido à pandemia de coronavírus, que as autoridades olímpicas concordaram em fazer um minuto de silêncio para lembrar os atletas e treinadores assassinados.
Os israelenses mortos pelo Setembro Negro nesses Jogos Olímpicos são David Berger, Ze’ev Friedman, Joseph Gutfreund, Moshe Weinberg, Marco Slavin, Eliezer Halfin, Yakov Springer, Amitur Shapira, Kehat Shorr, Yossef Romano e André Spitzer.
Fontes: Sky e TellyMix
Foto: Divulgação Sky
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