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“Se não houver cessar-fogo, a culpa é do Hamas”

O jornal libanês Al-Akhbar obteve e publicou detalhes da proposta encaminhada pelo Egito à liderança do Hamas, na última sexta-feira, delineando os planos para um cessar-fogo e acordo de troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas.

O acordo compreende três fases distintas destinadas a alcançar: uma cessação temporária das hostilidades, a libertação de reféns e um caminho para uma paz sustentável na região.

A versão mais recente do acordo de libertação de reféns ainda a ser aprovada pelo Hamas exigiria a libertação de 3 reféns a cada 3 dias, começando com mulheres, em troca de prisioneiros palestinos, segundo o jornal.

Nos primeiros 40 dias do acordo, as tropas israelenses se retirariam das áreas povoadas e os aviões deixariam de sobrevoar durante pelo menos 10 horas.

Por cada grupo de reféns israelenses libertados, Israel libertará 20 prisioneiros palestinos, alguns dos quais são prisioneiros de segurança máxima que assassinaram israelenses.

Israel também limpará zonas costeiras e permitirá a reconstrução de infraestruturas civis em Gaza, incluindo hospitais.

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No 22º dia, os presos do sexo masculino começariam a ser libertados, começando pelos idosos e pelos doentes ou feridos.

Na segunda fase do acordo, que duraria 42 dias, seria declarado um cessar-fogo total, o Hamas libertaria os reféns restantes, incluindo soldados, e em troca, Israel libertará mais prisioneiros palestinos.

Na fase final, começaria a reconstrução de Gaza e o Hamas devolveria os corpos dos israelenses mortos às suas famílias.

O Hamas frustrou acordos anteriores ao se recusar a ceder, a menos que Israel se comprometesse com um cessar-fogo total desde o início.

Contudo, os EUA estão pressionando o Hamas para que se sente à mesa de negociações.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira que a culpa recairá inteiramente sobre o Hamas, se este não aceitar o acordo de cessar-fogo e troca de reféns e prisioneiros que está agora sobre a mesa.

Na sua reunião com o Presidente Isaac Herzog em Jerusalém, Blinken disse que “estamos determinados a conseguir um cessar-fogo que traga os reféns para casa, e fazê-lo agora. E a única razão pela qual isso não seria alcançado é por causa do Hamas”.

No entanto, na reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, este teria dito a Blinken que não aceitaria o fim da guerra em Gaza como parte de um acordo de reféns, disse uma autoridade israelense ao The Times of Israel.

“Ele disse a Blinken que estamos interessados ​​em chegar a um acordo e determinados a derrubar o Hamas”, disse a autoridade.

Netanyahu também prometeu que a invasão de Rafah aconteceria, disse o Gabinete do Primeiro Ministro. “A operação Rafah não depende de nada”, afirmou o primeiro-ministro.

Fonte: Revista Bras.il a partir de WIN e The Times of Israel
Foto: Haim Zach (GPO)

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