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Revelando documentos secretos do Hamas

Famílias de vítimas americanas dos ataques do Hamas de 7 de outubro entraram com uma ação em um tribunal federal dos EUA contra o Irã e uma série de grupos terroristas vinculados, apresentando uma nova prova do envolvimento de Teerã, de acordo com um advogado que representa vários demandantes.

O processo tem como objetivo destacar o papel do Irã no ataque que matou cerca de 1.200 pessoas, bem como seu apoio ao Hamas e outros grupos terroristas.

O processo, que foi visto pelo The Times of Israel, se baseia no que os advogados dos demandantes dizem ser documentos secretos descobertos pelo advogado Gary Osen, que mostram a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã destinando milhões de dólares para o Hamas.

A reclamação também inclui um documento de uma reunião de 2022 de lideranças do Hamas – Yahya Sinwar, Khalil al-Hayya e outros – em que foram traçados os contornos do acordo de defesa mútua entre o Hamas e outros grupos apoiados pelo Irã, caso a guerra começasse. O documento inclui uma decisão de solicitar que o Irã envie ao Hamas US$ 7 milhões mensais “para mobilizar e se preparar para os confrontos”.

De acordo com o New York Times, os US$ 7 milhões mensais foram utilizados para o Hamas se preparar para o ataque de 7 de outubro.

Além do Irã e da IRGC, o processo também cita o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina.

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Embora os documentos incluam referências ao financiamento do Hamas pelo Catar e pela Turquia, nenhum dos aliados dos EUA é nomeado no processo. Também foram deixados de fora os rebeldes Houthi do Iêmen, que foram retirados da lista negra de terroristas dos EUA pelo governo Biden.

Muitas das vítimas no processo foram mortas ou sequestradas em 7 de outubro, embora entre os outros demandantes estejam famílias do sul de Israel que sofreram emocionalmente durante ou após os ataques. Famílias de vários soldados mortos em combate também são parte no processo.

Entre as 37 famílias de vítimas no processo está Yechiel Leiter, que deve se tornar embaixador de Israel nos EUA. O filho de Leiter, Moshe Leiter, foi morto em batalha em Gaza no final de novembro de 2023.

O processo busca indenizações financeiras não especificadas para as famílias, sob a Lei de Imunidades Soberanas Estrangeiras e a Lei Antiterrorismo dos EUA.

Os grupos citados no processo – Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica Palestina e Frente Popular para a Libertação da Palestina – foram todos designados como organizações terroristas estrangeiras pelos Estados Unidos.

No mês passado, o Secretário de Estado Antony J. Blinken denunciou a campanha do Hamas contra Israel, dizendo: “A depravação dos crimes do Hamas é quase indizível”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e The New York Times
Foto: Shutterstock

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