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Resgate israelense no Sudão nas telas

Há mais de 35 anos, agentes secretos de Israel abriram um falso centro de mergulho na costa do Mar Vermelho do Sudão com o único propósito de resgatar judeus etíopes e trazê-los para o país.

Por muito tempo, o complexo esteve ativo e cerca de 6.000 refugiados judeus fugindo da perseguição, guerra e fome na Etiópia foram levados de barco e avião para uma nova vida em Israel. “The Red Sea Diving Resort” (O Complexo de Mergulho do Mar Vermelho) é a narrativa deste feito que virou filme e estará em breve nos cinemas e também no Netflix.

 

A história dramática foi escrita e dirigida pelo diretor israelense Gideon Raff, vencedor do Emmy por sucessos de televisão como “Homeland” e “Tyrant”.

A verdadeira missão começou em 1978 e recebeu o codinome de “Operação Irmãos”. Os agentes secretos do Mossad, passando por membros de uma companhia turística europeia, alugaram uma estância turística abandonada no Sudão.

Embora fosse uma fachada para o resgate, o local aceitou turistas reais por meio de uma empresa fantasma na Suíça, de modo que as autoridades sudanesas não suspeitavam. Para conseguir um ar de autenticidade, os agentes trouxeram mergulhadores experientes de Israel, incluindo Yola Reitman, uma comissária de bordo da El Al e especialista em mergulho em alto mar que falava alemão fluentemente.

“É uma daquelas histórias difíceis de acreditar”, explicou Gad Shimron, um dos agentes do Mossad que operou o centro. E acrescentou: “Foi a única vez que os europeus levaram os africanos do continente e não para serem escravizados, mas liberados”. Shimron escreveu sobre sua experiência no livro Êxodo do Mossad (2007).

Em 1984, pouco tempo depois do fim da “Operação Irmãos”, o governo israelense iniciou a “Operação Moisés”, outra missão secreta para evacuar cerca de 8.000 judeus etíopes presos no Sudão. Mais tarde, em maio de 1991, outra ação conhecida como “Operação Salomon” resgatou mais de 14.000 judeus etíopes.

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