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Relatório médico revela condições dos reféns em Gaza

Quase 550 dias após terroristas do Hamas invadirem Israel em 7 de outubro de 2023, o Fórum das Famílias de Reféns divulgou um relatório médico angustiante que desvenda as condições enfrentadas pelos reféns que ainda estão em Gaza.

Com base em depoimentos de testemunhas oculares, relatos de reféns libertados e imagens de propaganda do Hamas, o relatório detalha a piora, a cada dia, dos estado dos sobreviventes e das famílias.

Cinquenta e nove reféns permanecem em Gaza, incluindo o corpo de um soldado mantido refém desde 2014. Destes, acredita-se que apenas 24 estejam vivos, sobrevivendo em um estado de tormento físico e psicológico que ultrapassa os limites da resistência humana.

“O tempo está se esgotando, e cada momento adicional em cativeiro coloca suas vidas em terrível perigo”, diz o relatório.

O relatório descreve reféns amarrados por suas mãos e pés, suspensos de cabeça para baixo, queimados, famintos e espancados. Muitos são mantidos no subsolo por semanas ou meses seguidos, acorrentados, vendados e privados da luz do dia, do ar fresco ou de qualquer noção de tempo.

Sobreviventes de cativeiro descrevem isolamento total. Alguns não tiveram contato com outros israelenses ou mesmo conhecimento se seus entes queridos ainda estão vivos. Todos estão desnutridos. Muitos sofrem de infecções não tratadas, doenças de pele e ferimentos. Problemas digestivos, vômitos, diarreia e desidratação são galopantes, um resultado direto de água não potável, condições imundas e total falta de assistência médica.

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Pelo menos oito reféns estão sofrendo de ferimentos visíveis. Cinco têm condições preexistentes como asma e alergias graves, mas nenhum recebeu tratamento. Acredita-se que um refém, Elkana Bohbot, que sofre de doença respiratória crônica, esteja em risco de morte devido à falta de medicamentos.

Cada um dos 24 reféns supostamente vivos está lutando contra sérios distúrbios psicológicos. O relatório cita ansiedade, depressão, TEPT e catatonia. Isolamento prolongado, privação de sono, ameaças constantes e privação sensorial estão corroendo seus estados mentais.

Ziv e Gali Berman, irmãos gêmeos levados em 7 de outubro, foram separados e estão sofrendo de extrema tensão psicológica. Ziv, que sofreu um ferimento na cabeça durante o bombardeio das FDI no início da guerra, continua sem tratamento. Nimrod Cohen, o único sobrevivente de uma tripulação de tanque, teria parado de falar completamente, consumido pela tristeza e depressão.

“Cada dia adicional em cativeiro é uma potencial sentença de morte”, alertou o Fórum. “Uma morte evitável”.

Alon Ohel, sequestrado do festival de música Nova, está acorrentado, faminto e em risco de cegueira total.

Guy Gilboa-Dalal, antes saudável, agora parece emaciado e desidratado a ponto de perder a capacidade de falar.

Rom Braslavski, que sofre de alergias severas e escoliose, foi levado sem seus óculos. Nenhuma palavra veio dele em mais de um ano.

Matan Angrest, retirado de um tanque em chamas das FDI, tem ferimentos no rosto, possivelmente indicando danos neurológicos. Anat Angrest, mãe de Matan disse que sua mão que estava gravemente ferida não foi tratada “e sabemos que ela não funciona mais. Ele ficará incapacitado para o resto da vida”, diz ela.

Ela disse que alguns dos reféns que foram libertados nos últimos meses viram Matan em Gaza e disseram que “ele está morrendo de fome e sendo mantido em uma pequena gaiola no escuro. Ele não vê a luz do dia. Ele está exposto à tortura e à violência. A vida dele está em perigo”, diz Angrest. “Se ele não sair agora, talvez não consigamos tirá-lo vivo”.

Muitos dos cativos eram jovens civis, mas o Hamas trata quase todos os reféns homens como soldados devido à idade. Isso resultou em tratamento particularmente brutal, especialmente para aqueles suspeitos de serviço militar.

Dos 24 reféns vivos, Israel recebeu prova de vida de 20 desde que a guerra começou. Mas informações sobre sua saúde atual são perigosamente escassas. O Fórum diz que a preocupação está crescendo “a cada hora” para os quatro restantes.

“As informações coletadas pintam um quadro muito preocupante”, disse o Fórum. “Os reféns estão sendo mantidos em condições desumanas, sofrendo abuso físico e mental severo, e sua saúde e estados mentais estão se deteriorando rapidamente”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Yeshiva World e The Times of Israel
Foto: Captura de tela (N12)

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