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Relatores da ONU culpam Israel por mortes em tumulto

Sete relatores especiais das Nações Unidas publicaram, nesta terça-feira, uma carta conjunta condenando Israel pelo incidente de atropelamento e esmagamento que ocorreu quando um comboio de ajuda humanitária entrou no norte de Gaza, na semana passada, e culpou Israel por todas as mortes durante o incidente.

Na manhã da última quinta-feira, os residentes de Gaza se aglomeraram em torno de três caminhões depois de estes terem entrado em Gaza, agindo de forma violenta e saqueando os mantimentos. No caos resultante, mais de cem pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas, segundo fontes palestinas.

Os relatores da ONU chamaram o incidente de “massacre”, ecoando a propaganda do Hamas, e acusaram Israel, sem provas, de “mirar civis em busca de ajuda humanitária e comboios humanitários”.

“As tropas israelenses dispararam contra multidões de palestinos reunidos para recolher farinha no sudoeste da Cidade de Gaza, no dia 29 de fevereiro, matando pelo menos 112 pessoas e ferindo cerca de 760”, afirmaram.

A investigação das FDI sobre o incidente descobriu que, embora as tropas tenham disparado contra alguns moradores de Gaza que se aproximaram e os ameaçaram, apenas dez pessoas foram atingidas pelo fogo das FDI.

A maioria das vítimas resultou de pessoas pisoteadas durante a aglomeração ou atropeladas pelos caminhões de ajuda que tentavam escapar da multidão, que jogava pedras nos motoristas.

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As autoridades palestinas afirmaram ainda que “Israel também abriu fogo contra comboios de ajuda humanitária em várias ocasiões, apesar de os comboios partilharem as suas coordenadas com Israel”.

As autoridades palestinas pediram um “cessar-fogo permanente” e “um embargo de armas e sanções a Israel, como parte do dever de todos os Estados de garantir o respeito pelos direitos humanos e impedir as violações do direito humanitário internacional por parte de Israel”.

O documento dos relatores não menciona os reféns detidos pelo Hamas em Gaza nem apela à sua libertação. A única menção ao Hamas foi durante às negociações entre Israel e a organização terrorista. O massacre do dia 7 de outubro, onde mais de 1.200 pessoas foram assassinadas brutalmente pelo grupo terrorista, também não foi mencionado, nem o relatório publicado pela ONU, no dia anterior, documentando os estupros em massa cometidos pelos terroristas do Hamas naquele dia e contra os reféns que ainda estão no cativeiro.

O documento foi assinado por Michael Fakhri, Relator Especial sobre o direito à alimentação; Francesca Albanese, Relatora Especial sobre a situação dos direitos humanos no Território Palestino ocupado desde 1967; Tlaleng Mofokeng, Relatora Especial sobre o direito de todos ao gozo do mais alto padrão possível de saúde física e mental; Pedro Arrojo Agudo, Relator Especial sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento; Reem Alsalem, Relatora Especial sobre a violência contra mulheres e meninas, suas causas e consequências; Dominique Day e Bina D’Costa, do Grupo de Trabalho de Especialistas em Pessoas de Descendência Africana.

Revista Bras.il a partir de Israel National News
Fotos: Wikimedia Commons e Linkedin

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