Refugiados da Eritreia e polícia entram em conflito em Tel Aviv
Dezenas de requerentes de asilo da Eritreia fizeram uma manifestação na manhã deste sábado em Tel Aviv, em protesto contra eventos pró-regime que têm acontecido nas embaixadas da Eritreia em todo o mundo.
Os protestos começaram no norte de Tel Aviv e continuaram nos bairros do sul durante a tarde. Os eritreus gritavam, agitavam paus e atiravam pedras em protesto contra o seu governo e contra um evento cultural que este organizava na cidade.
A embaixada da Eritreia organizou o evento na rua Yad Harutzim, para onde os manifestantes se dirigiram. O Ynet informou que eles causaram grandes danos ao prédio, inclusive incendiando-o. A polícia foi forçada a usar granadas de efeito moral contra os manifestantes à medida que a multidão se tornava maior.
Os manifestantes afirmam que tentaram entrar em contato com a polícia durante semanas antes do evento, na tentativa de evitar a violência. Houve protestos semelhantes em todo o mundo no mês passado, inclusive na Suécia, no Canadá e nos Estados Unidos.
Pedras, tábuas e vários objetos foram atirados pelos manifestantes. A polícia também utilizou granadas de efeito moral contra os manifestantes à medida que a multidão crescia.
A polícia disparou para o alto, enquanto os manifestantes quebravam as janelas dos veículos e loja e vandalizaram um carro da polícia.
LEIA TAMBÉM
- 26/06/2023 – “Programa não acabará com segregação nas escolas”
- 13/09/2022 – Congoleses podem ser deportados de Israel
- 01/09/2022 – Imigrantes impedidos de trabalhar em 17 cidades
Pelo menos 170 pessoas ficaram feridas no total, oito em estado grave, 13 em estado moderado e 93 com ferimentos leves. Quase 50 policiais também ficaram feridos, a maioria com hematomas e outros ferimentos causados pelo lançamento de pedras, confirmou a polícia. Um policial está em estado grave.
O Hospital Ichilov informou que muitos feridos foram internados na sala de trauma, dos quais 11 com ferimentos a bala.
“A esta hora, a polícia e as forças da Polícia de Fronteira continuam a agir contra os infratores da lei na área de Tel Aviv para acabar com a violência e os distúrbios”, afirmou a Polícia de Israel num comunicado. “Para a segurança dos cidadãos, apelamos ao público não envolvido nas áreas de distúrbios que se distanciem e permitam que a polícia cumpra as suas funções”.
A polícia disse que manifestantes foram baleados por policiais que dispararam tiros reais depois de sentirem “perigo real para suas vidas”. Tropas com equipamento de choque e a cavalo tentaram encurralar os manifestantes, que romperam as barricadas e atiraram pedaços de calçada, baterias e pedras contra as forças policiais.
Segundo a polícia, a manifestação foi declarada ilegal. Trinta e nove manifestantes foram presos por atacar policiais atirando pedras, disse a polícia, afirmando que conseguiram “acalmar as ruas do sul de Tel Aviv”.
Por volta do meio-dia, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que estava sendo atualizado sobre a situação. Espera-se que o comissário de polícia Koci Shabtai faça uma avaliação da situação com o comandante do distrito de Tel Aviv, superintendente Peretz Amar.
Os eritreus constituem a maioria dos mais de 30 mil requerentes de asilo africanos em Israel. Alegam que fugiram do perigo e da perseguição de um país conhecido como a “Coreia do Norte da África”, com recrutamento militar forçado vitalício em condições análogas à escravatura.
A nação do Chifre de África (Nordeste Africano) tem um dos piores registos de direitos humanos do mundo e os requerentes de asilo temem a morte se regressarem.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post, Ynet, N12
Foto: Polícia de Israel
Desordeiros que nada tem haver com o judaísmo não merecem nada além da deportação!
Desordeiros que nada tem haver com o judaísmo não merecem nada além da deportação! Onde eu trabalho existem varios e sei que são pessoas que não gostam de trabalhar , são desordeiros e falsos. Todo cuidado e pouco , temos que olhar para o futuro a nossa segurança vem em 1° lugar.
Desordeiros…essa vitimização é horrorosa. Está parecendo os cubanos, haitianos, africanos, venezuelanos e agora os argentinos no BR. Fazem 🤬 em seus Países e acham que temos que suportá-los e sustentá-los. Sem condições…