InternacionalNotícias

Reação dos países americanos diante da guerra

O ataque contra Israel pelo grupo Hamas e outras milícias extremistas palestinas provocou condenação geral na América liderada pelos EUA, principal aliado de Israel, bem como um apelo ao diálogo para evitar uma perigosa escalada de violência no Oriente Médio.

Com exceção da Venezuela e da Nicarágua, a maioria dos países americanos apoiou Israel contra o terrorismo.

A reação mais contundente foi a expressa pelo presidente Joe Biden, que imediatamente após o ataque ligou para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para condenar os ataques terroristas a Israel, oferecer medidas de apoio e emitir um alerta aos inimigos daquele país. Além disso, o presidente americano enfatizou que o seu país “nunca deixará de apoiar Israel”.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou a sua “rejeição” aos “ataques terroristas” em Israel e apelou à comunidade internacional para que trabalhe em prol de negociações de paz entre as partes.

O Brasil, que ocupa a presidência do Conselho de Segurança da ONU, fará uma “reunião de emergência” neste domingo.

A reunião será realizafa numa sessão a portas fechadas, na qual os seus quinze membros abordarão “a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestina”.

LEIA TAMBÉM

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou a sua preocupação com a população civil na escalada do conflito israelense-palestino e apelou a “todos os esforços diplomáticos para evitar uma conflagração maior”.

O Congresso Judaico Mundial (WJC) condenou o que descreveu como um “ataque terrorista atroz contra o Estado de Israel” e expressou apoio ao país por parte de “toda a diáspora judaica”, que esta organização internacional representa em mais de 100 países.

A cidade de Nova Iorque, que abriga a maior comunidade judaica do mundo fora de Israel, aumentou a segurança perto de sinagogas e áreas com populações judaicas, embora as autoridades tenham sublinhado que “não há nenhuma ameaça credível” na grande cidade.

O reforço das medidas de segurança também se tornou evidente na Argentina, onde o Governo de Alberto Fernández ordenou um “alerta geral” para as instituições da comunidade judaica e as fronteiras do país sul-americano após os múltiplos ataques perpetrados pelo Hamas contra Israel.

A comunidade argentina é a maior da América Latina e a quinta maior do mundo, segundo dados do Congresso Judaico Latino-Americano.

Nos últimos anos, a América Latina tem estado dividida quando se trata de mostrar o seu apoio ou rejeição às partes no conflito entre Israel e os palestinos.

A magnitude e a gravidade dos acontecimentos provocaram uma resposta generalizada de condenação, salvo alguns casos isolados.

Assim, enquanto Lula enfatizou que “o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, mesmo no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, a Argentina disse que “condena” e “deplora” os múltiplos ataques do Hamas contra Israel.

De Bogotá, o governo de Gustavo Petro “condenou veementemente o terrorismo e os ataques contra civis” em Israel. O presidente colombiano também apelou a “um diálogo de paz onde o Estado Palestino seja amplamente reconhecido”.

O Governo do Chile, onde reside a maior comunidade de origem palestina fora do Oriente Médio, também manifestou a sua “condenação absoluta” aos ataques deste sábado e expressou as suas condolências às famílias das vítimas e sua solidariedade com o povo de Israel”.

O Governo do México também condenou “os ataques sofridos pelo povo de Israel” por parte do grupo terrorista Hamas de Gaza e exigiu “a cessação da violência desnecessária”.

O presidente do Paraguai, Santiago Peña referiu-se aos “ataques terroristas covardes” contra Israel. “Todo o nosso apoio à nação irmã de Israel diante dos covardes ataques terroristas que sofreu”, disse o presidente paraguaio.

A reação do Executivo panamenho foi igualmente firme. “Expressamos a nossa solidariedade ao povo israelense nestes tempos difíceis. O Panamá condena firmemente os recentes ataques contra o povo de Israel”, disse o presidente Laurentino Cortizo.

Por outro lado, o Governo da Venezuela defendeu uma “negociação genuína” entre Israel e a Palestina para acabar com a violência na Faixa de Gaza e disse que esta “escalada é o resultado da incapacidade do povo palestino de encontrar na comunidade internacional multilateral legal um espaço para fazer valer os seus direitos históricos”, numa declaração oficial na qual não condenou os ataques do Hamas.

A Venezuela é um forte aliado dos palestinos, especialmente desde 2009, quando se tornou o primeiro país da América a reconhecê-los como Estado.

Na mesma linha, a Nicarágua, presidida pelo sandinista Daniel Ortega, declarou-se “sempre solidário com a causa palestina” e condenou o “agravamento” do “terrível” conflito palestino-israelense.

O Governo da Bolívia manifestou a sua “profunda preocupação” com os “acontecimentos violentos” ocorridos na Faixa de Gaza entre Israel e a Palestina, e criticou a “inação” das Nações Unidas e do Conselho de Segurança em resposta a estes acontecimentos.

O Governo do Peru “condenou veementemente os ataques terroristas perpetrados pelo grupo Hamas contra o Estado de Israel” e expressou solidariedade com “o povo israelense, as vítimas e suas famílias”.

O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, expressou as suas “condolências” e “apoio” a Israel face aos ataques “injustificados” contra ele, orquestrados pelo movimento islâmico Hamas.

O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, fez o mesmo e alertou que “esta escalada de violência impede as soluções de paz que todos desejamos”.

Da mesma forma, o Uruguai e a Costa Rica emitiram declarações de condenação. O Uruguai “deplora com a maior firmeza as ações terroristas em curso contra Israel e sua população” e “expressa sua solidariedade ao Estado de Israel e às vítimas desses ataques”, enquanto a Costa Rica exige “o libertação imediata dos reféns.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Aurora
Fotos: Wikimedia Commons

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo