Questionário por celular ajuda no gerenciamento da pandemia
A startup israelense de saúde digital Diagnostic Robotics, co-fundada, em 2017, por Kira Radinsky, Yonatan Amir e Moshe Shoham, lançou uma plataforma de previsão baseada em dados para ajudar hospitais e clínicas médicas no gerenciamento do coronavírus.
A nova plataforma COVID360 começa em casa – em smartphones, para ser exato -, ajudando a reduzir a sobrecarga no sistema médico e a reduzir o risco de disseminar a infecção. Lançada em parceria com o Ministério da Saúde e os quatro prestadores de serviços de saúde israelenses (Clalit, Macabi, Meuhedet e Leumi), a ferramenta de avaliação remota está programada para atingir todos os cidadãos de Israel.
“Uma mensagem de texto é enviada a todas as pessoas com um questionário”, disse Radinsky. Com base nas informações coletadas sobre sintomas, interações diárias e localização, “criamos um mapa epidemiológico para os tomadores de decisão”. Esse mapa ajuda o software a “prever como a doença se espalhará e em quais áreas”.
Os associados da Kupat Cholim Clalit receberam sua primeira pesquisa esta semana, e os membros inscritos nos outras três Kupot Cholim serão adicionados ao sistema nos próximos dias. Além do mapa preditivo, a plataforma trabalha para triar pacientes remotamente em tempo real.
“Portanto, se soubermos que alguém está especificamente doente ou que está começando a desenvolver sintomas de COVID, entramos em contato com os profissionais de saúde. Na segunda-feira, dia do lançamento do projeto, com a participação apenas de membros da Clalit, identificamos 200 pessoas com sintomas de COVID e menos de um terço delas estavam isoladas”.
O sistema é um pouco prejudicado pelo fato de que grande parte da população ultraortodoxa em Israel, onde o surto foi grave depois que parte da comunidade foi resistente a restrições de isolamento, não pode ser acessada via smartphone. Mas eles ainda estão trabalhando para superar isso.
“Em certas áreas, geralmente enviamos mensagens de texto e depois as chamamos”, explicou Radinsky. Dessa forma, o questionário pode ser preenchido por telefone para pessoas de alto risco, o que ajudará no gerenciamento da assistência, mas não no mapeamento epidemiológico. Nesses primeiros dias, 80% dos que receberam o questionário responderam.
Um benefício adicional da plataforma de triagem remota é que ela permite que os médicos em quarentena continuem trabalhando e avaliando os pacientes. “A ideia é poder triar o paciente para cobertura sem nenhum toque.”
A plataforma é baseada na Web e já está disponível em vários idiomas, pronta para ser distribuída o mais amplamente possível.