Proibição de circuncisão sai de projeto de lei da Finlândia
Os legisladores da Finlândia retiraram a menção à circuncisão não médica de meninos de um projeto de lei sobre a mutilação genital feminina após uma pressão dos judeus no país e na Europa.
A medida pedindo para “esclarecer” a proibição da Finlândia da mutilação genital de mulheres foi aprovada na sexta-feira no Parlamento.
As emendas potencialmente limitariam ou tornariam ilegal a circuncisão não médica de meninos, disse Yaron Nadbornik, presidente do Conselho Central das Comunidades Judaicas Finlandesas, à agência JTA. Sua organização entrou em contato com Milah UK, um grupo de defesa com sede em Londres, que envolveu representantes do Ministério das Relações Exteriores, disse Nadbornik.
O Congresso Judaico Europeu também se envolveu nos esforços para eliminar as emendas adicionadas pelo Comitê de Assuntos Jurídicos do Parlamento, que é chefiado por Leena Meri, do populista Partido Finlandês.
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A Finlândia é um estado membro da UE e está sujeita às decisões do Tribunal de Justiça Europeu.
Tanto judeus quanto muçulmanos se opuseram veementemente às tentativas de banir a circuncisão não médica de meninos na Europa, proposta por coalizões de partidos anti-imigração de direita e liberais que veem o costume como uma violação dos direitos das crianças.
A nova lei finlandesa afirma que a questão da circuncisão de meninos deve ser “esclarecida” no futuro, mas Nadbornik disse que a proibição “foi evitada por enquanto”.
Cerca de 50.000 finlandeses que queriam que o código penal do país escandinavo tivesse uma lei específica contra a mutilação genital feminina assinaram uma petição que levou à proposta ao projeto de lei. A mutilação era punível de acordo com as leis contra agressão.
Fonte: Jpost
Foto: Markus Koljonen (Wikimedia Commons). Sinagoga de Turku, Finlândia