Preços de imóveis em Israel continuam subindo

O último relatório sobre habitação mostrou que os preços dos imóveis residenciais subiram 18,8% em média em outubro-novembro de 2022 em comparação com outubro-novembro de 2021 e apenas 0,3% em relação a setembro-outubro de 2022.

Esta foi uma ligeira queda em relação ao relatório mensal anterior da CBS, que indicou que os preços das casas tinham subido um recorde de 20,3% em setembro-outubro de 2022, em comparação com o período correspondente em 2021. Foi o maior aumento ano a ano desde maio-junho de 2010, quando houve um aumento de 20,4% em relação a maio-junho de 2009, segundo dados da CBS.

Em outubro-novembro de 2022, os maiores aumentos de preços foram registrados no norte de Israel, onde os preços subiram 21,7%, seguido pelo centro, onde os preços das casas aumentaram 21% em média em relação a outubro-novembro de 2021. Os preços no sul de Israel aumentaram pouco mais de 13% no mesmo período, segundo o relatório. Os preços das casas em Jerusalém e Tel Aviv aumentaram 15,9% e 18%, respectivamente.

No geral, os preços dos imóveis novos, aqueles que não são vendidos no mercado de imóveis usados ou por meio de programas habitacionais subsidiados, subiram 22,4% em outubro-novembro de 2022.

O mercado imobiliário de Israel é caracterizado por alta demanda devido ao crescimento populacional e oferta insuficiente, o que elevou os preços das casas a taxas vertiginosas nos últimos anos. Os preços dos imóveis em todo o país não param de subir desde o segundo semestre de 2018, com uma breve pausa em 2020 em meio à pandemia do COVID-19.

A escalada dos preços dos imóveis residenciais e o aumento do custo de vida continuam sendo as principais reclamações dos israelenses, mais de uma década depois que o país viu pela última vez uma agitação social generalizada sobre esse assunto.

Em 2022, os aumentos de preços começaram a se aproximar de 20% em maio-junho (em comparação com maio-junho de 2021), chegando a 20,3% em setembro-outubro de 2022.

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O segundo semestre de 2022 também foi marcado por um aumento constante da taxa básica de juros a partir de abril, quando o Banco de Israel começou a aumentá-la de sua baixa recorde de 0,1% para sua taxa atual de 3,75%, a partir deste mês. O banco traçou uma estratégia para conter a taxa de inflação, que aumentou 5,3% em 2022, face aos 2,8% registados um ano antes, impulsionada pelo aumento dos custos da habitação, transportes, comunicações e alimentação.

Esses aumentos elevaram substancialmente os pagamentos mensais das hipotecas dos mutuários. Como a maioria dos financiamentos ainda está sujeita a taxas de juros variáveis, os custos aumentam sempre que as taxas básicas aumentam. Os aumentos também contribuíram para a desaceleração das operações de compra e venda, uma vez que menos pedidos de financiamento imobiliário foram feitos a partir de outubro.

Os empréstimos hipotecários aumentaram ligeiramente em novembro, com empréstimos mensais atingindo NIS 7,6 bilhões (US$ 2,24 bilhões), abaixo do recorde histórico de NIS 13,4 bilhões (US$ 3,94 bilhões) em março, pouco antes de o banco começar a aumentar a taxa de juros.

O custo do aluguel, no entanto, continua a aumentar de forma constante, com os contratos renovados em dezembro de 2022 tendo aumentos médio de 4,4%, enquanto o aumento médio para novos aluguéis foi 8,2% em comparação com novembro de 2022, de acordo com outro relatório do CBS sobre Índice o preço ao consumidor (CPI) também divulgado no domingo.

O Índice acompanha o custo médio de bens domésticos como alimentação, vestuário, transporte e moradia.

O índice dos custos das matérias-primas utilizadas na construção das casas manteve-se inalterado em dezembro de 2022, elevando o aumento no ano passado para 4,8%, comparado com 5,6% em 2021. Mas os preços dos móveis continuaram a subir, mais 0,7% em dezembro, ante 0,3% para o IPC como um todo.

Especialistas preveem que os preços dos imóveis podem cair ou estagnar em 2023 devido a um aumento no início de construções em 2022. Mas esses apartamentos estarão à venda em um mercado diferente, à medida que a crise imobiliária de Israel piora.

Fonte: Noticias de Israel
Foto: Canva