Polônia critica Noa por comentário no Eurovision
A cantora israelense Noa Kirel foi criticada pelas autoridades da Polônia depois de comentar a pontuação máxima de 12 pontos que recebeu deles na final do Festival Eurovision da Canção, no último sábado à noite.
Ao receber a pontuação mais alta da Polônia, a representante de Israel afirmou que “receber 12 pontos da Polônia depois que quase toda a família Kirel foi morta no Holocausto foi uma vitória”.
A parlamentar polonesa Anna Maria Żukowska dirigiu suas reclamações à Embaixada de Israel na Polônia via Twitter.
Compartilhando uma captura de tela da declaração de Kirel, ela perguntou, “esta declaração reflete o nível de educação sobre o Holocausto em Israel? Os jovens em Israel pensam que o Holocausto foi causado pela Polônia, sobre o qual um jovem cidadão israelense pode obter uma vitória moral depois de muitos décadas, ou o quê?”
Em resposta aos comentários da cantora, Paweł Jabłoński, vice-ministro do Exterior da Polônia, postou uma mensagem nas redes sociais expressando sua intenção de convidar a cantora para seu país. Segundo Jabłoński, a visita permitiria a Kirel entender melhor por que ela pensa assim sobre a Polônia e por que seus comentários são dolorosos para os poloneses.
Este incidente destaca a “luta” entre Israel e a Polônia sobre os esforços de Varsóvia para minimizar sua responsabilidade pela perseguição e assassinato de judeus durante o Holocausto.
Jabłoński afirmou que a percepção da Polônia como coautora de crimes nazistas, e não como vítima, se deve à falta de conhecimento e educação incompleta. Ele observou que as viagens de jovens israelenses à Polônia fornecem uma imagem incorreta do Holocausto.
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Essas viagens fazem parte de um acordo recente entre Israel e a Polônia para restaurar relações diplomáticas tensas. O acordo foi criticado em Israel por não abordar adequadamente a cumplicidade polonesa no Holocausto.
O acordo visa promover a normalização dos laços entre os dois países. A Polônia, que já foi um dos países mais pró-Israel da União Europeia, é, hoje, um dos que tem a relação mais tensa com Israel após a aprovação de uma lei, em 2018, que tornou ilegal culpar a nação polonesa por crimes nazistas.
Jabłoński indicou que a nova estrutura das viagens estudantis permitiria construir um bom relacionamento entre a Polônia e Israel com base na verdade e no entendimento mútuo de que ambas as nações foram vítimas de crimes nazistas. Ele argumentou que essa abordagem contribuiria para reduzir os estereótipos negativos e as declarações falsas e dolorosas que afetam milhões de pessoas na Polônia.
Tradicionalmente, os jovens judeus israelenses viajam para a Polônia durante o verão, entre a 11ª e a 12ª série, para visitar os antigos campos de concentração nazistas e aprender sobre o Holocausto. Esta viagem é considerada um rito de passagem na educação israelense, mas gerou polêmica devido às diferenças de percepção entre Israel e a Polônia sobre a história do Holocausto e a cumplicidade polonesa.
A Polônia foi o primeiro país a ser invadido e ocupado pelos nazistas e, embora houvesse poloneses que ajudassem judeus, também há casos documentados de poloneses que colaboraram com os nazistas na perseguição e assassinato de judeus.
O Holocausto deixou seis milhões de judeus assassinados, incluindo aproximadamente três milhões de judeus poloneses, e os principais campos de extermínio nazistas estavam na Polônia.
Fontes: Notícias de Israel e The Jerusalem Post
Foto: Captura de tela (Eurovision)
A Polônia, ao contrário da Alemanha, não assume o seu antissemitismo orgânico que fez suas populações judaicas sofrerem todo o tipo de violência moral é física. antissemitas de raiz se fingem de vítimas e não co-autores do que de pior foi infligido a população judaica por séculos. Bastardos!
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