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Polícia reúne depoimentos de testemunhas e vítimas do pogrom

Em parceria com a Polícia holandesa, a Polícia de Israel está reunindo vídeos e depoimentos de testemunhas e vítimas que retornaram de Amsterdam. O governo holandês está investigando se os ataques foram motivados por antissemitismo e coordenados previamente, bem como se recebeu algum aviso do governo israelense.

A Polícia de Israel recolheu depoimentos de mais de 170 testemunhas e mais de 230 vítimas do pogrom de quinta-feira à noite quando elas retornaram a Israel.

Após a partida do Maccabi Tel Aviv com o Ajax pela Liga Europa, em Amsterdam, na quinta-feira à noite, os torcedores do Maccabi relataram terem sido emboscados por manifestantes quando voltavam para seus hotéis em várias partes da cidade.

Vídeos mostraram agressores espancando torcedores do Maccabi, perseguindo-os com facas e tentando atropelá-los com carros.

Houve relatos de manifestantes roubando passaportes de vítimas e tentando sequestrar uma pessoa, de acordo com o Maariv.

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas e 62 foram presas, mas todas já foram liberadas.

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O primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, chamou os eventos de “ataques antissemitas completamente inaceitáveis contra israelenses”.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu “ações vigorosas e rápidas contra os manifestantes”. Schoof prometeu esforços máximos para encontrar os agressores.

O político holandês e líder do Partido pela Liberdade (PVV) Geert Wilders disse no X que ficou “sem palavras” ao saber que nenhum manifestante foi preso. “Estou sem palavras. A polícia de Amsterdam acaba de confirmar que NINGUÉM foi preso durante a caça aos judeus em Amsterdam na quinta-feira à noite. Todas as prisões foram feitas antes e durante a partida de futebol e NÃO durante o pogrom”, escreveu ele.

A prefeita de Amsterdam Famke Halsema emitiu um decreto de emergência, que inclui a proibição de manifestações no fim de semana, o uso de roupas que cubram o rosto e deu à polícia poderes de parada e revista. O decreto entrou em vigor às 19h de sexta-feira e será válido até as 7h de segunda-feira.

Israel facilitou nove voos com para o retorno dos cidadãos para casa, mas ainda há israelenses na Holanda. O Conselho de Segurança Nacional aconselhou quaisquer cidadãos que permaneceram a terem cautela e evitarem quaisquer sinais visivelmente israelenses ao se movimentarem por Amsterdam.

A Polícia de Israel solicitou que qualquer pessoa que tenha sido ferida, esteve presente ou testemunhou os difíceis acontecimentos ocorridos na Holanda forneça detalhes, incluindo vídeos, através de uma reclamação online ou em qualquer delegacia de polícia do país.

O chanceler israelenses, Gideon Sa’ar, comentou sobre os tumultos contra israelenses em Amsterdam, dizendo que a Europa deve reconhecê-los como uma negação do direito de Israel existir.

“O novo antissemitismo que está se fortalecendo na Europa está focado na negação do direito de Israel existir e na negação dos direitos de Israel à autodefesa”, declarou ele. “Eles miram qualquer israelense, qualquer judeu, como um objetivo para sua violência bárbara. É muito importante que a Europa acorde e entenda o desafio”.

Ele esclareceu que o problema se estende além de Amsterdam. “O desafio é comum a outros países europeus. Sabemos que esses não são os valores da Holanda, mas vimos que eles eram dominantes”.

Sa’ar exigiu ação das autoridades europeias. “É muito importante que a mensagem das autoridades na Holanda deixe claro que isso é algo inaceitável e puna severamente”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post, Israel National News e de Volkskrant
Foto: Captura de tela X

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