Polícia prende suspeitos de ligações com o ISIS
A agência de segurança Shin Bet e a polícia prenderam, durante a noite de segunda-feira, pelo menos 12 árabes israelenses com supostos laços com o Estado Islâmico, um dia depois que dois policiais foram mortos em um ataque a tiros cometido por apoiadores do grupo jihadista.
As prisões ocorreram nas cidades de Sakhnin, Nazareth e Umm al-Fahm, e em outras cidades menores na área de Wadi Ara, disse a polícia.
“Durante buscas em casas de vários suspeitos, foram apreendidos itens que podem indicar apoio à organização terrorista”, disse a polícia.
De acordo com as autoridades policiais, 31 casas e locais foram revistados durante a noite.
Os dois terroristas que atiraram e mataram os policiais de fronteira Yazan Falah e Shirel Aboukrat, ambos com 19 anos, na noite de domingo em Hadera, eram de Umm al-Fahm.
Os dois foram mortos a tiros por membros de uma unidade policial à paisana que estavam em um restaurante próximo.
LEIA TAMBÉM
- 28/03/2022 – Sistema de defesa em alerta máximo
- 28/03/2022 – Ataque terrorista deixa dois mortos em Hadera
- 23/03/2022 – Israel enterra seus mortos e Hamas distribui doces
A prisão preventiva de outros cinco moradores de Umm al-Fahm, logo após o ataque de domingo, foi prorrogada por 10 dias na segunda-feira.
“A onda de prisões começou e espera-se que continue e até se intensifique nos próximos dias”, disse um policial ao Canal 12 na terça-feira.
O primeiro-ministro Naftali Bennett instruiu os serviços de segurança a manter todos os suspeitos de terrorismo em detenção administrativa, sem acusá-los.
De acordo com um comunicado do gabinete de Bennett, ele disse que a prática controversa – que permite que as autoridades israelenses detenham suspeitos sem acusação e normalmente é usada contra palestinos na Cisjordânia – deve ser usada “em circunstâncias apropriadas nas quais seja possível apresentar um fundamento jurídico”.
Além disso, a presença de forças de segurança será imediatamente reforçada, com foco em áreas onde há ameaça de violência. O reforço permanecerá em vigor até o Dia da Independência, que este ano começa na noite de 4 de maio.
Também deve haver monitoramento das redes sociais para identificar fontes de incitação e possíveis invasores, com “medidas apropriadas” tomadas contra eles, disse o comunicado.
De acordo com as avaliações de oficiais de defesa citados pela mídia de língua hebraica, pode haver várias dezenas a várias centenas de pessoas em Israel que, em algum momento, simpatizaram com o Estado Islâmico.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Polícia de Israel
Pingback: Nova onda de terror em Israel - Revista Bras.il