Ir para o conteúdo
IsraelNotícias

PMO não nega que Trump impediu ataque ao Irã

O programa nuclear do Irã foi atrasado por quase uma década devido a uma série de operações abertas e secretas dirigidas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse o Gabinete do Primeiro-Ministro (PMO) em um comunicado.

Netanyahu comandou “inúmeras operações, abertas e secretas”, que foram fundamentais para impedir que a República Islâmica obtivesse um arsenal nuclear. Esses esforços, afirma o comunicado, atrasaram o programa nuclear iraniano em quase dez anos.

“O primeiro-ministro Netanyahu lidera a campanha global contra o programa nuclear do Irã há mais de uma década, mesmo quando outros rejeitaram a ameaça, chamando-a de ‘distorção política’ e rotulando o primeiro-ministro de ‘paranoico'”, diz a declaração.

O presidente dos EUA, Donald Trump, impediu um ataque israelense planejado contra instalações nucleares iranianas em favor da negociação de um acordo com o Irã para limitar seu programa nuclear, informou o New York Times na quarta-feira, citando autoridades do governo e outras pessoas com informações sobre o assunto.

O PMO enfatizou que o atraso foi possível pela insistência de Netanyahu em manter uma posição firme e muitas vezes controversa em relação ao Irã, apesar de enfrentar considerável oposição tanto no país quanto no exterior.

“Como o primeiro-ministro declarou repetidamente, Israel não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares”, disse o comunicado.

LEIA TAMBÉM

Netanyahu evitou negar que Trump tenha bloqueado o ataque.

A decisão de Trump ocorreu após discussões sobre se deveria apoiar o Estado judeu ou seguir uma linha diplomática, com alguns assessores em Washington defendendo uma abordagem mais agressiva. Por outro lado, outros duvidavam que um ataque pudesse destruir as capacidades nucleares da República Islâmica.

No entanto, uma decisão foi finalmente tomada, decidindo contra a ação militar, já que o Irã consentiu nas negociações.

O presidente comunicou sua decisão a Israel, no início de abril, de acordo com a reportagem, o que motivou a visita de Netanyahu a Washington.

Segundo a reportagem, Israel havia feito planos para atacar instalações nucleares iranianas em maio, com as FDI preparadas para executá-los com o apoio dos EUA.

Esse endosso seria fundamental para o sucesso do plano de Israel, que exigiria ajuda dos EUA, tornando o aliado de Israel um agente-chave no ataque.

O New York Times disse que várias autoridades informadas sobre os planos de Israel e discussões confidenciais dentro do governo Trump, que falaram sob condição de anonimato, declararam que Israel planejava há muito tempo atacar instalações nucleares iranianas, incluindo “ensaiar bombardeios e calcular quanto dano poderia causar com ou sem ajuda americana”.

Os planos foram ganhando força, na medida em que o apoio ao ataque dentro do gabinete israelense cresceu depois que o Irã sofreu uma “série de contratempos” em 2024, como o ataque com mísseis balísticos de 14 de abril contra Israel, quando a maioria de seus mísseis não conseguiu penetrar as defesas americanas e israelenses, bem como os ataques ao Hezbollah, a queda do governo de Bashar al-Assad na Síria, cortando uma rota importante de contrabando de armas para o Irã, a destruição de sistemas de defesa aérea no Irã e na Síria e de instalações que o Irã usa para produzir combustível para seus mísseis balísticos.

Altos funcionários israelenses teriam atualizado seus colegas americanos sobre um plano que combinaria um ataque de comando em instalações nucleares subterrâneas com uma campanha de bombardeio, com Israel esperando que aeronaves americanas ajudassem no bombardeio.

No entanto, autoridades militares israelenses declararam que a operação de comando não seria realizada antes de outubro, embora Netanyahu esperasse que ela fosse realizada mais rapidamente, acrescentou a reportagem.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Canva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *