Plasma de pacientes curados podem ajudar infectados

O serviço médico de emergência de Israel Magen David Adom (MDA) começou a coletar unidades de plasma de pacientes que se recuperaram do COVID-19 em um novo projeto que visa tratar pacientes com coronavírus em estado grave.

O projeto está sendo realizado na Unidade de Pheresis (aférese – separação dos diversos elementos do sangue colhido de doadores) no Centro de Serviços de Sangue da MDA no hospital Tel HaShomer.

O projeto tratará pacientes em estado grave com um anticorpo produzido a partir de pacientes que superaram a infecção. “Isso se baseia na suposição de que aqueles que se recuperaram da doença desenvolveram proteínas antivírus especiais (anticorpos) no plasma”, disse o porta-voz da MDA.

Esses anticorpos são como uma “vacina passiva” que pode ajudar os pacientes a lidar com a doença, acrescentaram.

O plasma com anticorpos é frequentemente usado para tratar vírus. Esse tratamento foi usado para tratar pacientes com SARS (síndrome respiratória aguda grave) durante o surto, em 2002. O vírus atual foi identificado como coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), que causa a doença COVID-19.

Embora não esteja provado que o tratamento com plasma é eficaz para esse vírus em particular, a MDA observou em seu anúncio que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA já aprovou um protocolo semelhante nos EUA no final de março.

Segundo o MDA este método está em uso nos Serviços de Sangue da MDA há mais de 30 anos e milhares de voluntários doam sangue dessa maneira todos os dias. Na primeira fase, as unidades de plasma serão usadas no tratamento por transfusão, mas o objetivo é coletar plasma suficiente para preparar o anticorpo (imunoglobulina) com o qual os pacientes serão tratados mais tarde.

A MDA acrescenta que os convidados a doar um plasma devem atender aos critérios e requisitos do Ministério da Saúde para doar sangue.