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Plano do Hamas para destruir Israel em dois anos

Nos anos anteriores ao ataque de 7 de outubro de 2023, os líderes do Hamas planejaram uma onda “muito mais mortal” de ataques terroristas, incluindo um ataque no estilo do 11 de setembro a um arranha-céu em Tel Aviv, informou o Washington Post.

A reportagem disse que os planos incluíam o uso de trens, barcos e, possivelmente, carroças puxadas por cavalos, bem como ataques paralelos por grupos terroristas aliados para um ataque simultâneo às fronteiras norte, sul e leste de Israel. No entanto, especialistas em terrorismo notaram que muitos desses planos não eram práticos.

A reportagem, baseada em 59 páginas de cartas e documentos de planejamento em árabe, é uma “fração” do que as FDI confiscaram desde que Israel iniciou sua invasão terrestre em Gaza, em 27 de outubro de 2023.

Documentos revelados pelo jornal mostram que o líder do Hamas, Yahya Sinwar, teria solicitado US$ 500 milhões ao Irã e treinamento para 12.000 agentes, alegando que isso lhes permitiria destruir Israel em dois anos. “Prometemos a vocês que não desperdiçaremos um minuto ou um centavo, a menos que isso nos leve a atingir esse objetivo sagrado”, escreveu Sinwar em junho de 2021.

Embora a carta não fornecesse detalhes sobre como o Hamas planejava destruir Israel, ela também foi endereçada a Esmail Qaani, comandante da Força Quds do Irã, que está distante do público há duas semanas em meio a investigações sobre supostas ligações com Israel e um subsequente ataque cardíaco.

Meses antes do ataque de outubro de 2023, o Hamas havia considerado um plano de ataque ainda mais amplo. Uma apresentação de 36 páginas, descoberta em um posto avançado do Hamas no norte de Gaza em 10 de novembro, delineou cenários potenciais para um ataque multi-frente a Israel, visando bases militares e locais civis, como shoppings.

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O documento árabe, intitulado “Estratégia para construir um plano apropriado para libertar a Palestina”, contém dezenas de mapas, fotografias e esquemas mostrando os movimentos do Hamas e estratégias de ataque subsequentes em Israel.

De acordo com a apresentação, os planos de ataque do Hamas foram baseados em um vasto banco de dados de mais de 17.000 imagens, incluindo fotos de satélite e filmagens capturadas por drones de cidades israelenses. O banco de dados também apresentava imagens de mídias sociais, cobrindo locais militares e civis importantes, como bases da Força Aérea Israelense e diagramas de rotas de voo civis para o Aeroporto Ben-Gurion.

A apresentação delineou três cenários de ataque, com táticas para enganar as defesas israelenses. Algumas das operações planejadas eram de “baixa tecnologia”, semelhantes aos métodos usados ​​nos ataques de 7 de outubro, enquanto outras eram muito mais ambiciosas.

Um desses objetivos era derrubar arranha-céus importantes em Tel Aviv, incluindo a Torre Moshe Aviv de 68 andares em Ramat Gan e o complexo Azrieli Towers, que compreende três arranha-céus, um grande shopping center, uma estação de trem e cinemas.

“Se esta torre for destruída de uma forma ou de outra, uma crise sem precedentes ocorrerá para o inimigo, semelhante à crise das torres do World Trade Center em Nova York”, observou o documento, embora o Hamas ainda não tivesse criado um método para atingir isso. “Trabalhando para encontrar um mecanismo para destruir a torre”.

Na semana passada, promotores israelenses acusaram vários moradores da cidade de Taibeh de planejar atacar as Torres Azrieli e provocar seu colapso.

Um alvo mais prático, de acordo com os documentos, era o sistema ferroviário de Israel. O Hamas delineou vários cenários para usar trens para transportar combatentes e explosivos poderosos. “A linha ferroviária transportará combustível, que é um ponto fraco no caso de uma explosão de trem dentro de uma das cidades, uma bomba em movimento,” dizia o documento.

Outros documentos mostraram que o Hamas planejava modificar veículos para viajar sobre trilhos e converter embarcações de pesca em barcos de ataque rápido capazes de transportar caças e explosivos para se infiltrar em portos israelenses. Em relação ao plano de bombardeio de barcos, os documentos afirmam que o Hamas havia “encontrado um mecanismo funcional”.

Uma das propostas menos convencionais descritas nos documentos envolvia o uso de carroças puxadas por cavalos, reminiscentes dos tempos antigos, como um método de transporte “moderno” para terroristas e armas.

A apresentação incluiu fotos e descrições de uma carruagem que podia transportar três pessoas, atravessar terrenos acidentados com facilidade e operar de forma mais silenciosa do que uma motocicleta, além de emitir menos calor.

Enquanto isso, uma reportagem do New York Times revelou atas de dez reuniões realizadas por Sinwar com o alto comando do Hamas. Os resumos das reuniões, encontrados em um computador em Khan Younis e obtidos pelo Times, forneceram novos insights sobre os preparativos do Hamas para o ataque de 7 de outubro, codinome “The Big Project”.

A reportagem também destacou a estratégia de dissimulação do Hamas, que enfatizou a manutenção do silêncio, mesmo durante o Ramadã, e instruiu os membros a não se juntarem aos combates ao lado da Jihad Islâmica Palestina.

Os documentos revelaram ainda que o Hamas pretendia lançar o ataque antes que Israel concluísse o desenvolvimento de sua arma laser e solicitou que o Irã atacasse locais sensíveis com mísseis durante a primeira hora do ataque.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News e Ynet
Foto: FDI

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