Placa no estilo de Auschwitz em protesto antivacina polonês
O Museu de Auschwitz e o primeiro-ministro da Polônia condenaram os manifestantes antivacinação como “vergonhosos” e “estúpidos” por exibirem uma faixa que imitava a placa dos portões do campo de concentração nazista.
O banner apresentava as palavras “A vacinação torna você livre” com a mesma forma do arco de entrada do campo de concentração de Auschwitz que diz “O trabalho liberta”.
A faixa apareceu em uma manifestação em Varsóvia na terça-feira organizada por deputados do partido Confederação de extrema direita contra o que ele diz ser o programa de vacinação forçada da Polônia.
O complexo de campos Auschwitz-Birkenau foi montado em solo polonês pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de 1,1 milhão de pessoas, na maioria judeus, morreram ali, de fome, frio e doenças ou nas câmaras de gás de Birkenau.
“A apropriação do símbolo do sofrimento das vítimas de Auschwitz é uma manifestação escandalosa de corrupção moral”, disse, no Twitter, o responsável pelo museu, criado para preservar o campo. “É particularmente vergonhoso quando os legisladores poloneses fazem isso,” concluiu.
O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki disse em um post no Facebook que o banner pintava “uma imagem dramática e sombria de como alguns políticos e manifestantes podem cair na retórica antivacinal estúpida”.
LEIA TAMBÉM
- 09/07/2021 – Manifestantes antivacina usam estrelas amarelas
- 24/07/2021 – Anti-vaxxers protestam em frente à casa de Bennett
- 15/01/2021 – Estrelas amarelas em Praga banalizam vítimas do Holocausto
A Polônia apertou suas restrições COVID-19 em face do persistente aumento de casos diários e mortes, reduzindo o número de pessoas não vacinadas que podem estar em espaços públicos como restaurantes, bem como anunciando planos de vacinação obrigatória de médicos, professores e pessoal de serviço de segurança.
O legislador da Confederação, Robert Winnicki, disse no Twitter que o banner havia aparecido antes do início da manifestação e que as pessoas que o carregavam foram solicitadas a retirá-lo, mas que era uma expressão de “indignação social”.
Fonte: Haaretz
Foto: Reprodução Twitter